Os produtores brasileiros de aço e alumínio estão animados com a eleição de Joe Biden, democrata, à presidência dos Estados Unidos, ao contrário do governo do presidente Bolsoaro, que sempre esteve alinhado com o ainda presidente Donald Trump, republicano. O motivo é a expectativa das duas indústrias sobre a revisão de barreiras tarifárias dos produtos brasileiros àquele país, que chega a 124%.
Fazer oposição ao novo governo dos Estados Unidos, só porque, no juízo do Palácio do Planalto, de que o governo Joe Biden é de "esquerda", é uma pensamento retrógrada. Se assim fosse, o Planalto deveria cortar relações comerciais com o maior comprador de commodities do Brasil que é a China, um país comunista, de partido único. Não, não deve, misturar as relações privadas com o público. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Sem querer ofender aqueles que pensam contrário, o nosso país está ainda em fase de desenvolvimento, necessitando cada vez mais de parceiros comerciais para financiar os nossos investimentos e de trocas comerciais entre os países trazer crescimento sustentável ao Brasil. Vamos lembrar que a China e os Estados Unidos são, respectivamente, primeiro e segundo importador dos produtos brasileiros. Esfriar relações comerciais e diplomáticas, para atender vontade privada de um presidente da República é voltar ao tempo do império.
Ofender ou tratar com desdém os principais parceiros comerciais, por conta de uma ideologia, é um total desrespeito ao povo que habitam aquelas nações. Está na hora de Brasil como Nação, se comportar como tal, deixando de lado as desavenças ou aproximações pessoais de seus mandatários temporais. Brasil é de todos brasileiros, independente de classes sociais, de ideologias e de raças. Brasil não deveria se comportar como Burundi, republiqueta centro-africano.
Ossami Sakamori
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