Ontem, dia 2, primeiro dia útil do último mês do ano, assisti pelo meio de comunicações do País, a fala do ministro da Fazenda do Governo do Presidente Lula e fiquei "estarrecido" e "preocupado" com o rumo que o País a tomar, com as medidas anunciadas pelo ministro sobre as contas públicas do País, independente da nomenclatura que se queira dar a elas. Parecia, ao meu ver, no seu pronunciamento, de que, ele próprio, o ministro da Fazenda, estava convicto de que as medidas anunciadas tirarão o País da situação de sucessivos "déficits primários" nas contas públicas federal.
Somente no aspecto da "preocupação", com o mínimo de conhecimento que eu tenho sobre a macroeconomia, pude me solidar da sua postura "cabisbaixo", de ontem. É grave a atual situação fiscal do Brasil ! Mais do que analistas econômicas de entidades públicas e privadas, como IPEA, CNI, FIESP, o mercado financeiro composto de investidores nacionais e estrangeiros, de capital produtivo e de capital especulativo, perceberam o sinal de "fadiga do arcabouço fiscal", apresentado pelo Fernando Haddad, nesses últimos 2 anos, do Governo do Presidente Lula.
Na economia acontece o mesmo que na engenharia, onde eu tenho algum conhecimento, o sinal de uma possível e provável "ruptura" acontece somente na véspera. Um edifício ou um viaduto emite sinal de desabamento, antes, como o País, já cansou de ver acontecer. O sinal de uma provável ruptura no mercado financeiro brasileiro vem do movimento de retirada dos dólares, moeda forte, investidos pelos especuladores e investidores produtivos no País.
Houve ou está havendo migração ou repatriamento da moeda forte, o dólar americano, para os países de origem. Isto é apenas um "sinal de alerta" de um possível e provável "colapso" no mercado financeiro e de investimentos produtivos estrangeiros no País, num futuro bem próximo. Infelizmente, não será a taxa Selic, uma das mais alta do mundo, que vai impedir a "revoada" do capital estrangeiro do País, tão necessária, para o seu desenvolvimento. Há sinais claros de que há nuvens negras no horizonte próximo!
Deus queira eu esteja equivocado na minha análise sobre os fatos narrados aqui.
Ossami Sakamori