Campos Neto, presidente do Banco Central, disse ontem, último dia do mês de maio, 31, de que a taxa básica de juros Selic está chegando no fim do ciclo de altas. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano. A próxima reunião do COPOM - Comitê de Política Monetária do Banco Central vai se reunir nos dias 14 e 15 deste mês. Pela declaração do presidente do BC é de supor que a nova taxa Selic fique em 13,25%, uma enormidade se considerar a taxa Selic das últimas reuniões, mas é um alento, apesar de tudo.
Crédito da imagem: Poder 360
O Banco Central do Brasil vem utilizando, unicamente, a taxa Selic como instrumento de combate à inflação. Se o presidente da Instituição monetária afirma que a taxa básica de juros Selic está chegando no fim de um ciclo de alta, é de supor que os indicadores que ele, presidente do Banco Central, possui, tenha suporte para afirmar que, com antecedência de duas semanas, o ciclo de alta de juros dos títulos do Tesouro Nacional, está chegando no fim (da alta). Para esclarecimento dos que tem pouca noção sobre a macroeconomia, o Banco Central possui, além do mecanismo de alta de juros dos títulos do Tesouro Nacional, tem à sua disposição o mecanismo dos "depósitos compulsórios" aplicados aos depósitos sob diversas formas nas instituições financeiras do País.
Somado à notícia, relativamente, boa, a taxa de desemprego no País, está cravado em 10,5% no primeiro trimestre fechado em abril, levantada pelo IBGE, a notícia de retomada de atividade comercial das pequenas empresas, as lojas de ruas, nos indica o rumo do crescimento econômico é sustentável, apesar do acúmulo de crises, entre os quais a pandemia da Covid-19 e da guerra da Ucrânia x Rússia.
Por outro lado, o governo federal, vem tomando medidas para retomada do crescimento, eleitoreiras ou não, entre os quais, a) Auxílio Brasil para cerca de 19 milhões de chefes de família; b) Liberação do FGTS até o limite de R$ 1 mil para cada trabalhador; c) isenção de impostos de importação para produtos essenciais; d) liberação de 50% do 13º salário para os beneficiários da Previdência; e) diminuição de IPI para produtos industrializados de consumo, sobretudo sobre a linha branca e veículos; f) Liberação de R$ 50 bilhões para financiamento de linha de cédito pela CEF e BB, no âmbito do programa Pronampe.
A inflação alta no Brasil, em dois dígitos (acima de 10%) está sendo compensado, parte, pela inflação americana, 8,5% em dólar e 7% na Zona de Euro, tem fortalecido a moeda brasileira, o "real" frente às moedas fortes. Por outro lado, o último resultado do IGPM, mostra que a inflação está se arrefecendo no País, com tendência, segundo Banco Central de terminar o ano em um dígito (menos de 10%).
Tem um ditado "chulo", muito usado pela população de todas classes, que se encaixa muito bem à situação descrita, acima: "Deus só poder ser brasileiro!"
Ossami Sakamori
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