sábado, 4 de setembro de 2021

Como deverá ficar o Imposto de Renda em 2022

 

A reforma do Imposto de Renda aprovada pela Câmara dos Deputados, nessa quinta-feira, dia 2, segundo Instituição Fiscal Independente (IFI) ligado ao Senado Federal, deve gerar uma perda de arrecadação de R$ 28,9 bilhões em 2022.  A perda de arrecadação da União reflete na participação dos estados, municípios e Distrito Federal, portanto, deve sofrer alteração no Senado Federal, mudando as alíquotas aprovadas pela Câmara dos Deputados.  Digamos que as novas tabelas deverão sofrer mudanças nas alíquotas à desfavor do contribuinte.  

          Seja como for, o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados, a alíquota do IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa jurídica) passará dos atuais 15% para 8%.  Esta mudança reduz arrecadação do governo da União em R$ 49,9 bilhões em 2022, segundo cálculos da IFI.  Para compensar a redução do Imposto de Renda na Pessoa Jurídica, a Câmara dos Deputados aprovou a taxação de 15% sobre distribuição de lucros ou dividendos, antes isentos.  A cobrança deve render à União, arrecadação de R$ 8,4 bilhões em 2022.  

          Em relação às Pessoas Físicas, o projeto corrige a tabela do Imposto de Renda e reduz o desconto máximo da declaração simplificada de R$16.74,34 para R$10.563,60.  A mudança na tabela reduz a arrecadação do governo em R$25,3 bilhões em 2022.  

          Em relação à retenção do Imposto de Renda na Pessoa Física, a mudança passou a ser o seguinte: 

Hoje:

7,5%: para ganhos entre R$ 1,9 mil e R$ 2,8 mil

15%: de R$ 2,8 mil a R$ 3,7 mil

22,5%: de R$ 3,7 mil a R$ 4,6 mil

27,5%: acima de R$ 4,6 mil

Após a reforma:

7,5%: para ganhos entre R$ 2.500,01 e R$ 3.200

15%: de R$ 3.200,01 a R$ 4.250

22,5%: de R$ 4.250,01 a R$ 5.300

27,5%: acima de R$ 5.300

Creio que a Tabela de desconto na Pessoa Física, acima, não deverá sofrer alteração no Senado Federal.

          Como  o Projeto de Lei deverá ser apreciado ainda pelo Senado Federal, considerem as referências acima como passíveis de mudanças.  É provável que o Ministério da Economia trabalhe para mudar as alíquotas sobre Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e taxação sobre os dividendos.  

             Ossami Sakamori





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