Os analistas do grupo Itaú Unibanco elevaram a projeção de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto do Brasil em 2021 para 4%, um ligeiro aumento em relação a última projeção divulgado para a imprensa. Segundo os analistas daquela instituição financeira, o impacto econômico da segunda onda de Covid-19 é significativamente mais moderado do que a primeira onda. Para o ano de 2022, foi mantida a previsão de crescimento para 1,8%. Os mesmos analistas preveem um pequeno decréscimo da taxa de desemprego para o final deste ano, de 14,3% para 12,7%. No meio de notícias ruins, o número, apesar de acanhado em comparação às principais economias do mundo, não deixa de ser um alento.
Não vejo os números apresentados pelos analistas do Itaú Unibanco com entusiasmo, diante da situação peculiar da economia do Brasil em relação ao resto do mundo, sobretudo em relação às maiores economias. Na minha opinião, o Brasil está "fora da curva". O País não conseguiu sair, ainda, da crise econômica iniciada em 2014, no governo Dilma, a pior depressão desde a depressão mundial de 2019. De lá para cá, o País não conseguiu acompanhar o crescimento econômico das maiores economias do mundo, caindo da posição de 8ª economia para 12ª economia, ficando atrás até mesmo de um minúsculo país da Ásia, a Coreia do Sul.
No ano passado, 2020, o Brasil teve retração do PIB em 4,1%, devido a pandemia Covid-19, apesar da injeção de R$ 600 bilhões, extra Orçamento Fiscal de 2020, para enfrentamento da pandemia. Sendo assim, o crescimento previsto pelos analistas do Itaú Unibanco para este ano mal cobre a retração de 4% do ano passado. O País ainda tem um descompasso com as grandes economias do mundo, em termos reais, algo como 24%. Portanto, o crescimento de 2021 e 2022 previstos pelos analistas da instituição financeira, está longe de tirar a defasagem que nos separa das maiores economias do mundo.
O País está a dever, ainda, as reformas estruturantes como a reforma tributária e administrativa, que vem atravancando o crescimento sustentável do País ao longo do tempo. E, pelo andar da carruagem, dificilmente, a reforma tributária em profundidade será votado pelo Congresso Nacional neste ou no próximo ano. Enquanto isto não acontece, as grandes indústrias estão se retirando do País, uma vez que o ambiente de negócios para 2021 e 2022 nas principais economias do mundo estão com perspectivas melhores, sustentado pelos estímulos proporcionados pelos governos. Para se ter ideia, os Estados Unidos, a maior economia do mundo, que representa 25% do PIB mundial, prevê crescimento econômico de 8% em 2021.
Na matéria anterior, propus um "Novo Pacto" como saída para o baixo crescimento do Brasil frente às maiores economias do mundo, sob pena de não adotando, colocar o País na posição que o País sempre ocupou, como de fornecedor de commodities, grãos e minérios. Falta lideranças empresariais no Brasil para fazer voltar a ocupar posição de destaque no mundo, recuperando, pelo menos, a posição de 8ª economia do mundo.
Desta forma, previsão de crescimento de 4% em 2021 está longe de ser motivo de comemoração.
Ossami Sakamori
Um comentário:
vai torcendo... quem sabe alguém acredita na sua teoria e vota no seu candidato: MORO TRAÍRA!!! KKKKK
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