sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Lula : Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço

 

Poluição no Brasil : Observatório Copernicus
Na continuidade da seca no Brasil, traz junto com ela, a poluição da atmosfera, devido ao período prolongado de secas e agravado com as queimadas na região, que abrange quase todo o território brasileiro, com exceção da região sul, que ao contrário das demais regiões, é atingido outro fenômeno  conhecido como La Niña, provocado pelo aquecimento do Oceano Pacífico.  
             A imagem do topo é do Observatório Copernicus, cujo Programa de Observação da Terra da União Europeia, que analisa planeta e do seu ambiente em benefício para cidadãos europeus.  As observações são feitas por satélites e dados colhidos in situ pelos órgãos do próprio Observatório.  Infelizmente, o Brasil corre atrás do prejuízo, com observações via satélite do  INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, sem devida interpretação dos dados pelos órgãos ligados ao clima como o Ministério do Meio Ambiente e órgãos subordinados a ele, como IBAMA e ICMBIO.
              Felizmente, os órgãos de pesquisas ambientais dos países do Primeiro Mundo, fornecem dados sobre os fenômenos climáticos que influenciam sobremaneira no continente sul-americano, entre os quais o Brasil.   O fenômeno da poluição do meio ambiente, é devido sobretudo às queimadas decorrentes do fenômeno El Niño, que tem provocado período prolongado de secas no País.  Em unanimidade, os órgãos ambientais independentes atuantes no País vem alertando o Governo sobre o fenômeno atípico de secas, desde março deste ano, sem que o Governo federal tenha tomado alguma medida preventiva para o fenômeno atual.  
             No meio de imenso problema para o meio ambiente, sobretudo ao setor produtivo agropecuário, os órgãos do meio ambiente, liderado pelo Ministério do Meio Ambiente, vem ao público,  anunciar medidas pontuais e paliativas, como "acompanhar" o fogo se alastrando nos biomas Amazônica, pantanal, cerrado e agreste nordestino.   A ministra Marina Silva do Meio Ambiente, acompanha do seu gabinete, com ar condicionado, o fogo se alastrando em todo o País.   
            Senhora, ministra Marina Silva, o Instituto Copernicus da União Europeia, está indicando outro dado alarmante, o decorrente das queimadas desenfreadas devido à seca prolongada, a "poluição da atmosfera" que, certamente, vai influir diretamente na saúde da população brasileira.   Com certeza, embora o Presidente Lula defenda o "meio ambiente" como prioridade do Governo perante o Primeiro mundo, o resultado da poluição do ar, "debaixo do seu nariz" não servirá como exemplo para nenhum país do planeta, muito menos para os do Primeiro mundo.    
             Falta ao Brasil fazer o seu próprio dever de casa para ter condição de "dar lição" aos países do Primeiro mundo, penso eu.   Presidente Lula, aplica a já conhecida frase dos espertos: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
   
                Ossami Sakamori

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Classificação de risco da Moody's. Comemorar o que?

 

Na última terça-feira, dia 1º de outubro, a agência de classificação de risco, Moody´s, melhorou a nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1 e manteve perspectiva do País como "positiva".   Ainda, segundo a vice-presidente da agência, Samar Maziad, se houver um ajuste fiscal pelo lado dos gastos públicos obrigatórios, o País tem possibilidade de atingir o "grau de investimento", segundo o critério da Agência. 

           A nota de crédito da Moody's, uma agência privada que emite "notas de créditos", segundo o seu critério e classificação,  não deixa de ser uma boa notícia, colocando o Brasil, como país a um passo de atingir o chamado "grau de investimento", patamar em que o país se tornaria "seguro" ou "com baixos riscos de "calote" para empresas e pessoas que tem ou pretende fazer investimentos no País.   

          Para vocês entenderem melhor, as agências de riscos são empresas privadas que atendem as solicitações de seus clientes, instituições financeiras, organismos internacionais e de investidores privados avaliarem o "risco" de seus investimentos feitos no País, para as entidades públicas e privadas, incluído os investimento em títulos do Tesouro Nacional.   As mais conhecidas são a Fitch, a Moody's e Standard & Poor's, que, periodicamente, enviam técnicos  aos países avaliados para analisarem as condições da economia do país, incluído as contas do Governo federal.  


          A nova nota de classificação de riscos do País, sem dúvida, não deixa de ser uma conquista do Brasil, mas, conforme pode ver no gráfico acima, está longe de ser de um país "bom pagador".   O Brasil está mal saindo da classificação da categoria de "especulação", de baixa classificação para grau de investimentos médio, cuja nota está longe de ser de um país com uma boa credibilidade.  
              O grau de investimentos indicado pela agência de riscos, do lado positivo, uma grande parte é devido aos saldos da balança comercial, francamente favorável ao Brasil, devido sobretudo às exportações de produtos primários como minério de ferro e produtos agropecuários.   Além do País possuir reserva cambial robusta, US$ 355,03 bilhões em 31 de dezembro de 2023, que funciona como espécie de "saldo médio" para compensar a falta de  credibilidade junto aos investidores internacionais.

               
          A nota de classificação de riscos da Mood's reflete o "performance" do Brasil, sobrevivendo aos sucessivos governos, perdulários e ineficazes, que mal conseguem pagar as suas contas públicas, provocando sucessivos déficits primários ou o dinheiro que falta para pagar as suas próprias contas, sem mesmo considerar o pagamento de juros da dívida pública.  Desta forma, não vejo motivo para "comemorações" demonstradas pela equipe econômica do Governo Lula.
    Para consolidar ou ascender à classificação de riscos, o Brasil, como país, precisa fazer o "dever de casa", equilibrando os gastos públicos, com equilíbrio fiscal sem os perniciosos 
déficits primários, que não inclui pagamento de juros da dívida pública.  As comemorações por setores do Governo federal, guarda a semelhança com um time de futebol que comemora no final do campeonato em não cair para a segunda divisão.  
              Brasil perdeu o "brio" de tentar ocupar a posição de ser um país do Primeiro mundo, contentando em fazer parte do G20, grupo de países que não se enquadram no G7, as 7 maiores economias do mundo global.  
            
              Ossami Sakamori            

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Verdade nua e crua

 

O Governo do Brasil, representado pelo Presidente Lula, se comporta como um "novo rico", igual a um certo famoso cantor sertanejo com "ostentação" digno de um "estelionatário", gastando dinheiro dos "otários" que sustentavam um grande esquema de "lavagem de dinheiro".   O governo do Presidente Lula gasta mais do que arrecada, coberto com o dinheiro de empréstimos feitos junto aos otários, pessoas físicas e jurídicas, que aplicam os seus recursos em títulos do Governo federal, cuja remuneração é atrelada à taxa básica de juros Selic, dos títulos do Tesouro Nacional. 

            O privilégio das gastanças dos recursos públicos não é apenas deste Governo.   Historicamente, o Brasil não conhece as boas normas de uma administração pública competente e vem pagando os juros da sua dívida as maiores do planeta, tal qual um país digno do "terceiro mundo".   O Brasil paga a taxa básica de juros da dívida, a taxa Selic, de 10,75% ao ano, enquanto a inflação dos últimos 12 meses está em 4,35%.   Ao meu ver, o remédio aplicado, a taxa básica de juros, está mais cara do que a média da taxa básica de juros dos títulos dos governos dos países desenvolvidos.    Como referência, o Tesouro americano paga taxa básica de juros dos seus títulos, de 4,25% a 4,5%, para a inflação dos últimos 12 meses de 2,9% ao ano.

    Grande parte desta distorção, acompanhada de perto pelo Banco Central, são os gastos do Governo federal, excluindo os juros da dívida pública.  Mesmo com aumento de receitas do Governo federal, as contas do primeiro semestre deste ano, fechou com o "rombo fiscal" ou "déficit primário" de R$ 68,69 bilhões, representando uma alta de 55% frente ao mesmo período do ano passado.    Não se sabe a que número vai terminar o ano fiscal de 2024.

            Vamos recapitular... O déficit primário é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.  A parcela de dívida que vencem, somado os juros da dívida pública, são rolados com a taxa básica de juros Selic, aumentando, exponencialmente, o montante da dívida pública, representado pelos títulos do Tesouro Nacional.    Na outra ponta, estão os agiotas nacionais e internacionais que vivem dos rendimentos dos seus capitais especulativos.

              A estimativa do próprio Tesouro Nacional, a dívida pública dos governos, incluído União, estados e municípios, corresponde a cerca de R$ 8,8 trilhões, referente ao mês de julho, correspondendo a cerca de 80% do PIB - Produto Interno Bruto, segundo dados do Banco Central.  Transportando os números para uma Pessoa Física, o montante da dívida corresponderia a 80% do rendimento bruto total anual.   Desta forma, o montante da dívida pública brasileira é "impagável" e ficará como herança para gerações futuras.   Em resumo: Cada brasileirinho que nasce, já vem carregado de uma dívida do Governo federal, de cerca de R$ 40 mil, assumida pelos sucessivos gestores públicos, alfabetizados ou analfabetos funcionais.      

               Ossami Sakamori