segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Marco Rubio deverá ser o novo Secretário de Estado

 
Nada como país do Primeiro Mundo, o presidente eleito dos Estados Unidos, segundo noticiário internacional, reuniu-se, ontem, com a ex-governadora do estado de Carolina do Sul e embaixador dos Estados Unidos na ONU e com o Mike Pompeu, ex-secretário do Estado, equivalente ao Ministro de Relações Exteriores no Brasil.   O motivo da reunião foi a justificativa do "não convite" aos interlocutores, pessoalmente, num gesto de camaradagem.  Nos bastidores, sabe-se que ambos foram opositores e críticos contundentes à candidatura do Donald Trump, mesmo tendo prestado serviços ao Presidente eleito, no primeiro mandato.
           Por outro lado, é dado como certo, a indicação do Marco Rubio, 53 anos, atual senador pela Flórida, pelo Partido Republicano desde janeiro de 2011, para o cargo mais importante, o de Secretário de Estado, o equivalente ao Ministro de Relações Exteriores no Brasil.  Ele é nascido na Flórida, com 53 anos de idade.  Ele, Marco Rubio, ocupará a poderosa posição de Secretário de Estado, atualmente, ocupado pelo democrata, Antony Blinken, também, muito competente.   
              O Secretário de Estado é o cargo mais importante do Governo americano, que representa o Presidente da República nas articulações com os países estrangeiros, incluindo nelas, as articulações para soluções de conflito entre os países do Ocidente.   A principal, neste momento, é o conflito entre Ucrânia e Rússia, que, ao meu ver, deverá ser solucionado, com medidas econômicas em troca de conflitos militares.  
            Marco Rubio terá missão de resolver conflito entre Ucrânia e Rússia, com solução de "afrouxamento" das atuais medidas de isolamento da Rússia das relações econômicas e financeira com o mundo ocidental.   No médio prazo, pode se prever, também, o "afrouxamento" do conflito entre Israel e os árabes, na Faixa de Gaza e no Líbano.   Os conflitos de natureza bélica, deverão, no governo do Donald Trump, serem substituídos com   reinserção dos países em conflito no cenário econômico global.   
           O Brasil e a América Latina, dentro do contexto global e da vontade do Presidente Trump, deverá estar inserido na política ditado pelo "Consenso de Washington", em vigor há décadas.   O Brasil continuará sendo o "quintal" dos Estados Unidos, querendo ou não.  Infelizmente, a alternativa para o País é cair nas mãos do chinês, Xi Jinping.  Sintomaticamente, neste mês, o presidente chinês, fará visita oficial ao Presidente Lula, como que "marcando a posição" dos chineses no território sul-americano.     
           Infelizmente, o Brasil tem feito apostas erradas, em momentos errados, pela falta de visão política da diplomacia brasileira.                           Ossami Sakamori 

domingo, 10 de novembro de 2024

Brasil, país de faz de conta


O sucesso das eleições presidenciais conquistado pelo republicano, Donald John Trump, 78 anos, reflete não só ao povo americano, mas sobretudo aos países "satélites", como o Brasil.    Os Estados Unidos ocupam posição de primeira economia do mundo, com PIB de US$ 23,36 trilhões, enquanto o PIB mundial é de US$ 105,4 trilhões.   Dentro do contexto global, o PIB do Brasil para o mesmo período era de US$ 2,17 trilhões, correspondente a cerca de 9,2% do tamanho dos Estados Unidos.    

            Desde final da década de 1980, ditado pelo "Consenso de Washington", formulado pelos Estados Unidos, destinado aos países latino americanos para, em tese, conter o endividamento externo e da hiperinflação em curso, à época, por meio de disciplina fiscal, do reordenamento dos gastos públicos e da maior abertura econômica, o Brasil, infelizmente, sofre dos problemas "crônicos" de falta de planejamento nas contas públicas.            Ao constatar o problema encontrado pelo Governo Lula, em 2023 e 2024, das contas públicas, tecnicamente denominado de "política fiscal", disfarçado com a denominação de "arcabouço fiscal" para designar o velho problema dos "gastos públicos", cronicamente "deficitários", fugindo totalmente das boas regras ditados pelo "Consenso de Washington".   Ainda, assim, o Governo brasileiro quer ser o "exemplo" para o mundo.

          O governo brasileiro age ao contrário do republicano Donald Trump que pretende, segundo as metas anunciadas, de "proteger" as indústrias americanas, diante do avanço dos produtos chineses no mercado americano, vai "baixar" a tarifa dos produtos fabricados nos Estados Unidos e "sobretaxar" os produtos importados, inclusive dos produtos procedentes da América Latina. Isto se denomina "política econômica" americana, infelizmente, inexistente no Brasil.  Em outras palavras, o Presidente Trump vai praticar uma "política protecionista" para suas indústrias, com o objetivo de geração de empregos de alta tecnologia nos Estados Unidos.

           Enquanto isto acontece ou vai acontecer na maior economia do mundo global, o Governo brasileiro se preocupa em "matar a fome" dos brasileiros e de defender a floresta Amazônia para os habitantes do planeta, como os principais e únicos objetivos, esquecendo-se de uma "política econômica" que criem empregos para a mão de obra qualificada, que procuram, ironicamente, oportunidades nos países do Primeiro Mundo, incluído nestes, os Estados Unidos.   

          O Brasil, como País, infelizmente, com sucessivos "governos de plantões", de todas matizes ideológicas, literalmente, comem "feijão com arroz" e arrotam "caviar".  E, continuaremos sendo tratados como país do "terceiro mundo", exclusivamente, por nossa própria e total culpa.  

            Ossami Sakamori          

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Os gastos públicos sem controle


O Presidente Lula está reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde o início da semana, para tentar zerar o "déficit primário" das contas do Governo federal, mas as conversas não avançam por dificuldades técnicas em diminuir as despesas, que em grande parte, as despesas são constitucionais causado em boa parte devido ao "inchaço" da estrutura do Governo federal, na atual gestão, a do Governo Lula. 

          As contas fechadas em setembro, apresentou queda na receita líquida de 8,5%, descontada a inflação do período, somando R$ 162,7 bilhões e na outra ponta, as despesas somaram R$  168 bilhões.  No acumulado do ano, fechado em setembro, as receitas cresceram 6,4%, correspondendo a R$ 1,546 trilhão e as despesas em 6,5%, correspondendo a R$ 1,651 trilhão, apresentando um déficit primário, o dinheiro que falta para cobrir as despesas, em R$ 105 bilhões.  É aqui é que mora o perigo!  O anos de 2024 deve fechar, novamente com contas no vermelho.        

            No resultado primário não se computa o pagamento dos juros da dívida pública ou do Tesouro Nacional, nas rolagens de títulos.  Quando se computa os juros da dívida pública, vincendos no período, denomina-se déficit nominal.  O último superávit primário que o País presenciou foi no ano de 2022, ainda no Governo Bolsonaro, com superávit de R$ 54,9 bilhões.   No primeiro ano do Governo Lula, apresentou déficit primário de R$ 230,5 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. 

          Os ministros da área econômica e o Presidente Lula tentam ao menos "zerar" o déficit primário, mas, o inchaço do Governo federal com 38 ministérios, antes 25 do Governo anterior, o corte das despesas não são fáceis de se materializar.  A saída para a situação seria "corte de gastos públicos" ou "aumento de arrecadação", via aumento da carga tributária.  Na minha opinião, não vai acontecer nem uma situação e nem outra.  O Brasil vai fechar o ano de 2024, com mais um "rombo fiscal" ou o famigerado "déficit primário", que faz com que o Banco Central tente segurar a "expansão monetária", via taxa básica de juros Selic, que já está em 11,25% ao ano.   Com o resultado das contas públicas e com inflação acima do teto da meta, de 4,5%, é provável que haja mais um aumento da taxa Selic, em 0,5%, na próxima reunião do COPOM, previsto para ocorrer entre dia 10 e 11 de dezembro.   A taxa de juros Selic passaria, se confirmar o meu prognóstico, para 11,75% no fechamento do ano de 2024.

          A reunião convocado pelo Presidente Lula para corte de gastos públicos  e ou aumento de carga tributária, vai sair como entrou, sem "corte de gastos públicos" e sem aumento de "carga tributária".   O Governo Lula vai apresentar no final de 2024, mais um nefasto "déficit primário" no final do exercício.  

            Ossami Sakamori

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Relação Brasil x Estados Unidos


Ontem, dia 6, quarta-feira, houve o anúncio do resultado das eleições presidenciais americanas, onde se elegeu, virtualmente, o republicano Donald Trump, 78 anos, para o cargo de Presidente da República, com a confirmação da conquista da maioria dos delegados republicanos para o colégio eleitoral.  Pelo lado do Brasil, apesar de Presidente Lula ter declarado sua preferência para a oponente democrata, Kamala Harris, atual vice-presidente da República e já ter mandado mensagem de felicitações, via rede social, ficou a amarga marca da sua preferência pela democrata durante o pleito eleitoral.  

            Ontem, mesmo, o Presidente Lula através da rede social, cumprimentou o novo Presidente americano, Donald Trump, que tomará posse, no meado do mês de janeiro do próximo ano.   Não temos notícias de que o Presidente brasileiro tenha dado cumprimento através de telefonema, como fizeram, segundo a imprensa internacional, as principais lideranças do mundo.   Afinal, o protocolo diplomático tem o seu rito que transcende às divergências políticas.

            Os Estados Unidos são os principais parceiros comerciais do Brasil, nos dois sentidos, nas importações e exportações e sobretudo em financiamentos de projetos importantes ao Brasil pelo capital americano, via conglomerados financeiros multilaterais como as agências de Desenvolvimento, como BID e BIRD.   Os investidores americanos seguem, via de regra, o direcionamento que se dá o Governo federal aos investidores americanos, para assegurar os retornos dos seus investimentos.   Mesmo as reservas cambiais brasileiras, num montante expressivo, cerca de US$ 350 bilhões, são aplicados nos fundos geridos pelos organismos multilaterais como BID, BIRD, FMI, o que garante os eventuais investimentos americanos no País.   

          Exposto isto, o Brasil como um país que depende umbilicalmente dos Estados Unidos e de órgãos multilaterais controlados pelo país do tio Sam, não tem outra opção, senão "torcer" pelos sucessivos governos, seja ele os democratas ou os republicanos.   O maior oponente, do mundo, a China,  protocolarmente, já cumprimentou o Presidente americano, eleito, apesar das divergências políticas. 

                 O Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, depende de relações comerciais e financeiras com os americanos para o seu desenvolvimento, enquanto eles, os americanos tem opções para suprir as suas demandas internas.  Os Estados Unidos respondem pelo PIB de US$ 27,36 trilhões enquanto o Brasil responde pelo PIB de US$ 2,17 trilhões, cerca de 8% do PIB americano.   Infelizmente, o Brasil, apesar de ter sido descoberto na mesma época, pelos portugueses, e de ter sua dimensão continental e terras férteis,  o País disputa a posição de 8ª economia do mundo, atrás da França, a 7ª economia do mundo, com o PIB de US$ 3,03 trilhões.  

             Infelizmente, o Brasil não tem "política econômica" delineada para direcionamento dos investimentos produtivos, a não ser para o setor de agronegócio que recebe financiamentos dos recursos do Tesouro  Nacional, com juros subsidiados.  O País é exportador de "mão de obra" qualificada para os países para União Europeia ou para o Japão, para prestarem serviços que não exigem formação em nível superior.   

            Desejo que o Presidente eleito, Donald Trump, tenha uma gestão profícua como mandatário número 1 da maior potência econômica do mundo e que dê preferência comerciais para com o Brasil, independente da diferença de matizes ideológicas entre os dois mandatários.  

               Ossami Sakamori  

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Donald Trump: America first !

 
Donald John Trump ou simplesmente Donald Trump, 78 anos, foi eleito, pelo voto popular, 45º presidente dos Estados Unidos da América, faltando tão somente a confirmação pelo colégio eleitoral, representados pelos delegado dos partidos, Democratas e Republicanos.  Formalmente, a eleição americana para escolha do presidente da República é de forma indireta, os delegados que irão eleger o novo Presidente da República.   A eleição de ontem, dia 5, terça-feira, foi para a escolha dos delegados dos partidos que irão ou não confirmar a eleição do Presidente da República.  
            O Partido Republicano nos Estados Unidos é considerado de "direita" e o Partido Democrata como de "esquerda".  Guarda uma certa semelhança com os Partido Liberal e Partido dos Trabalhadores no Brasil.   Única e importante diferença é que nos Estados Unidos, a troca de comando é feito desde a sua independência no dia 4 de julho de 1776, muito antes da independência do Brasil do reino de Portugal.   Mundialmente conhecido é reconhecido como "democracia" mais longeva do planeta.    Bem diferente do Brasil que há constante mudanças de regime e de forma do governo desde a sua independência.
           Numa posição temerária, o Presidente Lula, declarou-se favorável à eleição da democrata Kamala Harris, atual vice-Presidente da República para o mandato de Presidente da República para novo período de 4 anos.   Foi uma declaração infeliz de um Presidente da República, seja qual fosse a sua preferência pessoal.   Isto vai trazer reflexo nas relações diplomáticas entre os dois países, felizmente, com pouca influência na área do comércio bilateral entre as duas maiores potências das Américas.  
       Independente das relações pessoais entre os presidentes, o Brasil e os Estados Unidos estarão sempre do mesmo lado, em matéria de economia, finança e de comércio.   Politicamente, o presidente argentino, Javier Milei, oposto do Presidente brasileiro, esteve sempre ao lado do presidente eleito Donald Trump, comungando da mesma ideologia, a liberal. 
             Espero que o Presidente Lula num gesto de cortesia e de diplomacia, cumprimente, ao menos, protocolarmente, o Presidente Trump pela eleição vitoriosa nas primárias de ontem, terça-feira.   Também, é necessário que o nosso Presidente saiba como pensa o Presidente eleito, americano, sobre as questões políticas, coincidentes ou divergentes. 
          A principal bandeira do Donald Trump foi:  "America First", literalmente quer dizer que ele vai governar em primeiro lugar aos interesses do povo americano.   Independe de "gostar" ou não da influência americana,  os Estados Unidos são os parceiros número 1, na área comercial e financeira do Brasil e assim deve ser tratado com devido respeito. 

            Ossami Sakamori

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Lula brinca com o fogo ...

 



Os governantes de plantões, inclusive o Presidente Lula, não faz o dever de casa no tocante às contas públicas.  O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra de Planejamento, Simone Tebet, não deve ter lido a Lei de Responsabilidade Fiscal, oficialmente a Lei Complementar nº 101, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso em 4 de maio de 2000 e publicado no Diário Oficial da União no dia seguinte, quando passou a vigorar, a lei que "obriga" que as finanças públicas sejam apresentadas detalhadamente ao Tribunal de Contas da União, do Estado ou dos Municípios.  Embora, o Poder Executivo seja o principal responsável pelas finanças públicas, a Lei de Responsabilidade Fiscal, engloba os Poderes Legislativo e Judiciário, que deverão obedecer todos critérios da sua aplicação.

            Chamo atenção para os planos econômicos e financeiros de cada Governo, entenda como Governo federal, que antes de mais nada, deve obedecer o preceito consagrado ao longo do tempo, desde ano 2000, a de responsabilidade fiscal.   Primeiro critério que cada Governo de plantão deve obedecer é o "equilíbrio" das contas públicas.  O equilíbrio das contas públicas, no âmbito do Governo federal, é manter equilíbrio fiscal, incluído o pagamento de serviços da dívida pública.  Tecnicamente, em tese, a Lei da Responsabilidade Fiscal prevê o "déficit nominal" zero, isto é as contas do Governo federal, incluído o pagamento de serviços da dívida pública deveriam ser pagos com o dinheiro que se arrecada.   

           Infelizmente, os sucessivos Governos não tem dada a devida importância às contas públicas, criando, sistematicamente, o "déficit primário", que é "insuficiência" de receitas para pagar ao menos as despesas correntes da União, incluído as transferências constitucionais para estados e municípios, além de transferência para os Fundos constitucionais, de responsabilidade do Governo federal.  

           Só para lembrar, que o Presidente Dilma perdeu o seu mandato por não cumprimento das regras previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar 101 de 2000.  A situação que levou à cassação de mandado da Presidente Dilma, foi que o Tesouro Nacional utilizou-se da "contabilidade criativa" ou "contabilidade maquiada", tal qual pretende o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com uma situação fictícia que se criou com o seu "arcabouço fiscal" que nada mais é do que uma "nova denominação" dada à "política fiscal", com intensão clara de tentar "fugir"  das regras da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000.   A situação se assemelha à contabilidade criativa do ex-Presidente Dilma.  

          Na administração pública, as contas só fecham, quando as despesas estão dentro das receitas.  Em não fechando, cria-se o "déficit primário" que não engloba o pagamento de juros da dívida pública.   Para cobrir o "rombo fiscal" gasta-se o dinheiro que não tem, socorrendo aos investidores institucionais que aplicam em títulos do Tesouro Nacional.  

           O Brasil como país, vive de dinheiro dos agiotas nacionais e internacionais, que aplicam em títulos do Tesouro Nacional.  O movimento da alta do dólar americano, o US$, nos últimos dias, é consequência da "revoada" dos investimentos estrangeiros especulativos para os países de origem.   Os recursos de origem estrangeiros aplicados em títulos do Tesouro Nacional são, em sua maior parte, de grandes investidores individuais e dos fundos de pensões americanos.   O Brasil como país emergente, precisa de investimentos estrangeiros tal qual os sertanejos dependem d´ água para a sua sobrevivência.   

          Se não mudar a situação das contas do Governo federal, de "zerar" o "déficit primário", é previsível que o dólar americano rompa a "barreira psicológica" de R$ 6, ainda nesta semana.  Para enfrentar a possível situação de desconforto, o Presidente Lula chamou de volta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em viagem internacional, para tentar "apagar" o incêndio no quintal do seu Governo.   

          A situação que está a ser criado, nos próximos dias, creio eu, é de extrema gravidade.  

            Ossami Sakamori      

domingo, 3 de novembro de 2024

Somos todos palhaços !

 

Ao longo dos anos, tenho feito comentários sobre a "macroeconomia", que baliza a política econômica de cada país, seja ele do ocidente ou do oriente.   O dinheiro não tem  cor e nem ideologia.   Ele, o dinheiro, se movimenta livremente, da mesma forma na "macroeconomia" como na "microeconomia".  Para melhor entendimento, vou tentar explicar os termos usados pelo atual ministro de Planejamento e pelo ministro da Fazenda.  Os termos que os empresários da "Faria Lima" usam são os mesmos que o Governo usa e é entendido pelo mercado financeiro global.  

          Na macroeconomia, globalmente, utiliza-se os mesmos termos para melhor compreensão entre os que tem interesse em analisar a situação de cada país.   Os países como a Rússia ou a China, não apresentam claramente as suas políticas econômicas e nem tampouco as suas políticas monetárias.   O Brasil do Presidente Lula optou em apresentar as suas políticas econômicas e fiscais com nomenclatura diferente dos demais países, além de apresentar os números "fora do padrões" aceitos globalmente, para tentar "enganar" a população e o mercado financeiro.  

           Diferente do padrão normal da macroeconomia, aceito pelo mercado financeiro internacional, o Governo Lula apresenta:  "arcabouço fiscal", como um conjunto de medidas que representa nada mais que uma "política fiscal" e a "política econômica", inexiste no atual Governo.    A "política fiscal" deveria tratar das contas do Governo federal, que engloba, além das despesas do Governo, as transferências constitucionais para entes federados e para os Fundos constitucionais.   A falta de clareza na "política fiscal" travestido de "arcabouço fiscal", deixa a "interpretação" do termo ao sabor de quem está a analisar as contas do Governo federal, conforme as suas próprias conveniências.   Enganar a população e ao próprio Presidente da República é a especialidade da equipe econômica.

           O Banco Central do Brasil, como em qualquer parte do mundo, é uma entidade à parte e ser independente do Poder Executivo, assim como acontecem nos Estados Unidos, União Europeia e Japão, onde cada Banco Central tem seu próprios parâmetros para decidir sobre a taxa de juros das dívidas do Governo federal.   O Banco Central, em tese, pratica a "política monetária", para garantir o "poder de compra" da moeda ou em outras palavras, tenta controlar a inflação com "aperto monetário" ou "afrouxamento monetário", conforme o resultado da "inflação", grande parte devido aos gastos públicos ou a "política fiscal" frouxa do Governo federal.    A alta taxa Selic é apenas reflexo da política fiscal equivocada.

             Nas contas públicas do Governo Lula, de 2023, apresentou "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas, após a arrecadação do Tesouro Nacional.  Pelo andar das contas deste ano, prevê-se um novo "déficit primário" em 2024, motivo pelo qual os investidores estrangeiros diretos ou especulativos estão retirando os "dólares" investidos no País.   Num país onde não há "política econômica" que dê segurança econômica, financeira e jurídica aos investimentos, eles, os investidores estrangeiros estão retirando os "dólares" para os países de origem ou para os países que deem segurança jurídica e monetária.   

          Para melhor entender, o "déficit primário" não engloba o pagamento de juros da dívida do Tesouro Nacional.  O ideal é que o País, produzisse o "superávit primário" para modernização do parque industrial brasileiro.   Pessoas capacitadas para modernização do parque industrial, o País tem de sobra.  Além de que o Brasil, infelizmente, é "exportador" de mão de obra qualificada, de nível superior.  

            O Brasil, infelizmente, é um elo perdido no espaço e no tempo, por falta de visão dos políticos de plantões, de esquerda à direita.  Os governantes de plantões veem o povo como um verdadeiro "palhaço" para satisfazer os seus egos pessoais. 

           Ossami Sakamori  

sábado, 2 de novembro de 2024

Política externa: Que cada um cuide do seu quintal

 

No próximo dia 5, terça-feira, serão realizadas eleições nos Estados Unidos da América, USA, para escolha do seu Presidente da República, com disputa acirrada entre os candidatos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harrys.   As eleições americanas ganham holofotes no mundo todo, em função de que os Estados Unidos é de longe o maior PIB do mundo, conforme pode ver no gráfico do topo.  Diante dos Estados Unidos, o Brasil, descoberto pelo Cabral na mesma época da descoberta do continente norte americano, o regime de governo e a economia não tem comparação.   
           Apesar da independência dos Estados Unidos ter ocorrido na época próxima a do Brasil:  7 de julho de 1776, no país americano e 7 de setembro de 1822 e ambos países terem suas histórias recheadas de conflitos internos, o país norte americano ostenta, hoje, o maior PIB - Produto Interno Bruto enquanto o Brasil figura como 10ª economia do mundo, tentando alcançar a 8ª posição, atrás da França.   Em valores absolutos, o PIB brasileiro corresponde a cerca de 7,2% do PIB americano.  
            Os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais do Brasil, seguido pela China.  Em termos de economia global, o Brasil é como se fosse um "quintal" dos Estados Unidos, apesar do esforço dos sucessivos governos brasileiros tentarem alternativas para o comércio global com a China, o segundo maior PIB do mundo.  Em jargão popular, o Brasil tenta sair das "garras" dos americanos para se submeter à vontade dos chineses.  
           Dentro deste contexto, o Presidente Lula diz ter preferência pela eleição da democrata Kamala Harrys em oposição ao republicano Donald Trump.  Nada de errado, o Presidente Lula da Silva, pessoa física, ter sua preferência, no entanto, expor sua opinião sobre resultado das eleições da maior potência econômica do mundo, sendo que no seu próprio território, não ter conseguido eleger os prefeitos da sua legenda. A "exposição" do seu pensamento privado, não ajuda em nada, as relações diplomáticas e comerciais com o próprio Estados Unidos e com o mundo global.  
             Aproveito deste espaço para sugerir a vocês, a leitura do livro denominado: "A democracia na América", escrito por um francês Alexis de Tocqueville, cuja edição em português está reservado para a Livraria Martins Fontes Editora Ltda.  O livro traz noção de como se formou os Estados Unidos da América, hoje, a maior potência econômica do mundo e, também, a democracia mais longeva do planeta.   O livro servirá para elucidar os leigos e políticos do Brasil, que se acham os "donos da verdade".  
          É importante para todos os brasileiros, sobretudo os políticos que nos representam na Capital federal, saber da história da maior democracia do mundo e ver como se processam a escolha do representante maior da nação, a deles.   Para o Presidente Lula, recomendo melhor cuidar do seu quintal do que dar palpite na escolha dos dirigentes de outros países, como os Estados Unidos e a Venezuela.   E... os investimentos estrangeiros continuam saindo do País ...  Tem algo errado no País... 

            Ossami Sakamori