quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O dólar poderá flutuar até o nível de R$ 4,50

Crédito da imagem: Globo

A matéria foi postada no dia de 22 de agosto de 2018, terça-feira, portanto, há mais de um ano.

O dólar poderá flutuar até o nível de R$ 4,50 


O dólar comercial fechou ontem na cotação de R$ 4,05 O dólar comercial fechou ontem na cotação de R$ 4,05.  Não tem nada que estressar com o dólar no patamar praticado nos níveis da cotação de ontem.  Em 7 de junho passado já postava neste blog matéria referente a trajetória da moeda americana: Dólar vai buscar R$ 4,16 no médio prazo .  Pela conjuntura política atual, com grande possibilidade de eleger um candidato à presidência da República de ideologia do extremo, seja de esquerda ou direita, o mercado ficou em polvorosa.  Isto é "mercado financeiro".  O dólar deve procurar um novo patamar de estabilidade.
O mercado financeiro, incluído o mercado de câmbio, dança conforme a perspectiva do futuro.  O mercado financeiro é para poucos, pode fazer fortunas em poucos dias mas pode se tornar pobre em alguns minutos. Especificamente, o movimento de ontem, foi baseado no resultado das pesquisas em que apontava a possibilidade de vitória da esquerda ou vitória da extrema direita.  O mercado financeiro aprecia o "feijão com o arroz" ou "feijão com chuchu".  O mercado financeiro espera um presidente da República que não afronte ou não invente as regras vigentes nos organismos de fomento internacional como FMI e OCDE.  

O mercado financeiro, sem uma definição clara da política econômica dos presidenciáveis, fica à mercê de especulações. Para os investidores tradicionais ou conservadores, é melhor esperar o tufão passar.  Após resultado das eleições, o mercado financeiro, incluído o mercado de câmbio, deverá traçar uma nova tendência, para cima ou para baixo. 

O mercado de financeiro, além da conjuntura política, está sujeito ao movimento de câmbio e taxa de juros no mercado internacional. Portanto, os investidores deverão ficar com os olhos voltados para dentro e fora do País.  Desde a conferência do Bretton Wood, após o término da Segunda Guerra Mundial, em julho de 1944, a moeda de referência mundial para transações comerciais seria o "dólar americano".  O dólar americano flutua ao sabor da conjuntura econômica americana e das crises políticas ou econômicas de outros países.  A nossa moeda, o real, só tem valor dentro do País. Nenhum país do mundo seria louco de aceitar o real como moeda de trocas comerciais ou de serviços.  E por estas e outras razões que os investidores nacionais e internacionais procuram o "dólar americano" como uma forma de proteção aos investimentos financeiros.  

Mas fiquem sossegados! O dólar pode subir ou baixar conforme a especulação, mas o Banco Central do Brasil tem instrumentos capazes de segurar a cotação dentro no nível que ele (Banco Central) ache razoável.  O Banco Central já utiliza os derivativos cambiais, especialmente, o swap cambial tradicional para conter a alta exagerada do dólar.  Há outros instrumentos como o "dólar futuro" e outros mecanismos não tradicionais.  E ainda, para a segurança do País, o Banco Central possui reservas cambiais robustas para "queimar" se for necessário.  Na segunda-feira, dia 20 de agosto de 2018, o Brasil possuía US$ 380 bilhões em reserva cambial. 

Não tenho bola de cristal para saber do "teto" para o dólar, que está na cabeça do Ilan Goldfajn. Para quem tem muitos anos de "janela", como eu, creio que o Banco Central vai deixar o dólar flutuar até ao nível de R$ 4,50. Se eu fosse presidente do Banco Central, atuaria fortemente para segurar o dólar neste nível.  Ao contrário de uma situação passada, em 2002, onde houve disparada do dólar sem muito controle, o Banco Central de hoje tem robustos instrumentos para o País não entrar novamente em "crise cambial".

O dólar poderá flutuar até o nível de R$ 4,50. 

Ossami Sakamori

sábado, 23 de novembro de 2019

2019, o melhor Natal dos últimos 5 anos!


Nas matérias anteriores, falei da "política econômica" e "política monetária" implementadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e pelo presidente do Banco Central, Campos Neto.  Ambas políticas movendo-se no mesmo sentido, sem a prevalência de um sobre o outro.  Ambos, antes de ocuparem suas posições no governo, foram gestores financeiros, com larga experiência e estão colocando a economia do País nos eixos.  

Sobremaneira, após a aprovação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados e rebaixamento da taxa de juros Selic, a menor dos últimos 20 anos, os investidores do setor produtivo, os empresários, o mercado financeiro  e a própria população parecem acreditar na consistência da política econômica e monetária do governo Jair Bolsonaro. Polêmicas à parte, como as "queimadas", os "desmatamento", as "criminalidade" e a polêmica liberação da "condenação em segunda instância", o Brasil vai retomando o seu curso natural de desenvolvimento sustentável no tempo.  Chega de voos de galinha!

As últimas notícias sobre indicadores econômicos como a criação de empregos formais, a inflação comportada no patamar menor que 4% ao ano, o crescimento do PIB trimestral móvel indicando crescimento de 2019 em torno de 1% e a taxa de juros Selic em 5% com viés de baixa, apontam crescimento do PIB em 2020, entre 2% a 3,5%. Embora, número tímido, os números indicam a saída definitiva da pior "depressão" dos últimos 100 anos. 

Certamente, o povo brasileiro vai ter o melhor Natal dos últimos 5 anos!

Ossami Sakamori

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Campos Neto, o competente presidente do Banco Central


Na matéria anterior escrevi sobre o resultado do primeiro ano da "política econômica" do governo Jair Bolsonaro, sob comando do ministro da Economia, Paulo Guedes.  Hoje, vou escrever sobre a "política monetária" do Palácio do Planalto, sob o comando sob responsabilidade do Campos Neto, ex-gestor financeiro do grupo Santander e atual presidente do Banco Central.  Para início de conversa, afirmo que o Campos Neto é muito competente no que está incumbido de fazer, o de conduzir a "política monetária" do País. 

Vamos esclarecer, antes de tudo, sobre grande confusão que fazem os melhores e renomados articulistas econômicos, que se refere ao Banco Central independente.  Independente do Palácio do Planalto?  Isto não existe nem nas maiores economia do mundo como China, Alemanha e Japão.  Os articulistas econômicos defendem Banco Central independente, baseado no modelo americano.  Vamos esclarecer, antes de tudo, que os Estados Unidos é a democracia mais longevo do mundo ocidental.  Querer imitar os americanos, sem seguir a democracia dos Estados Unidos, vigente desde 1787, é pedir demais para o povo brasileiro, que saiu do regime de exceção há 3 décadas.  Dentro deste contexto é que existe o Federal Reserve, o Banco Central independente.  

Feito o esclarecimento, voltamos ao Banco Central do Brasil, que está sendo conduzido de forma competente pelo Campos Neto, neto de um grande economista, o Roberto Campos, ministro de Planejamento do governo militar.  Os articulistas econômicos no Brasil, sempre deram importância ao ministro da Economia, isto quer dizer que sempre deram dimensão maior à "política econômica" e esquecem da "política monetária".  Muitas vezes, os articulistas econômicos fazem até confusão sobre a incumbência de cada uma das entidades do governo.   Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!

Feito o preliminar, vamos aos fatos de hoje.  Em algum momento, nos próximos dias, o Campos Neto deve anunciar informalmente ou formalmente a "política monetária", sobretudo, a política cambial e sobre a liquidez do sistema bancário, leia-se depósito compulsório dos bancos sobre diversas modalidades de aplicações financeiras.  Os depósitos compulsórios e a política cambial do Banco Central, não afeta diretamente à população, mas o assunto interessa demais ao setor produtivo do País.  

O que ficou claro nas últimas declarações do Campos Neto, é que o Banco Central do Brasil deverá, nos próximos dias, estabelecer um novo "norte" da "política monetária", para que o setor produtivo e o mercado financeiro possam balizar os seus investimentos de longo prazo.  

No momento, apenas afirmo que o Banco Central do Brasil está sob comando de uma pessoa muito competente.  Campos Neto mostra porque e para que foi nomeado. 

Ossami Sakamori

terça-feira, 19 de novembro de 2019

O "rombo fiscal" de 2019 será ao redor de R$ 80 bilhões.


Ontem, dia 17, segunda-feira, ministro da Economia e sua equipe apresentou um relatório preliminar das contas do governo federal relativo ao ano fiscal de 2019.  O relatório bem consistente, baseado em execução orçamentária até outubro deste ano, mostrou o "déficit primário" regredir de R$ 139 bilhões para cerca de R$ 80 bilhões, segundo Paulo Guedes, pouco mais de metade do previsto.

Os contingenciamentos ocorridos até setembro, foram gradativamente liberados, diminuindo a tensão que se criou nos ministérios que sofreram os "cortes".  A execução orçamentária, a partir de novembro, voltou ao normal, obedecendo a LDO de 2019, como foi aprovada no final do ano passado.  A diminuição do "déficit primário" deveu-se não pelo lado da "economia nos gastos", mas pelo "excesso de arredação", sobretudo com a venda de ativos da União, sobretudo, com a venda da "cessão onerosa" do pré-sal.  Porém, isto, em absoluto, não tira o brilho da equipe econômica.

Para leigo entender, o "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir as despesas correntes do governo, comumente chamado de "rombo fiscal".  Não inclui no déficit primário o pagamento dos juros da dívida pública da União, este estimado ao redor de R$ 5,6 trilhões brutos ou R$ 4,15 trilhões líquidos, na data de hoje.  A taxa básica de juros reais que o governo da União paga sobre a dívida do Tesouro Nacional, a conhecida taxa Selic, hoje está em 5% ao ano.  Taxa considerado baixo, mas acima da inflação em cerca de 1% ao ano.  Desta forma, o estoque da dívida pública federal cresce a cada ano, apesar de todo esforço fiscal feito pela equipe do ministro Paulo Guedes

Enquanto o País não consegue cobrir as suas despesas correntes e nem menos os juros da sua dívida pública, não tem muito o que comemorar.   Apenas, aplaudimos o esforço fiscal implementado pelo Palácio do Planalto, diante da situação caótica das contas públicas herdadas dos governos anteriores.  Podemos dizer, apenas que, a equipe econômica está no caminho certo. 

O "rombo fiscal" de 2019 será ao redor de R$ 80 bilhões.

Ossami Sakamori

domingo, 10 de novembro de 2019

Campos Neto e a política monetária correta


Banco Central do Brasil vai indo bem, graças a Deus! Campos Neto, o presidente do BC é um profissional do mercado financeiro, oriundo do Banco Santander, está conduzindo a política monetária em bom nível técnico, com visão de um bom formulador da política monetária.  Ele faz boa uma parceria com o formulador da política econômica, o ministro da Fazenda, Paulo Guedes.  Os dois fazem uma dupla perfeita. Gudes e Campos Neto, ambos com robusto conhecimento e prática do mercado financeiro nacional e internacional, estão a levar o País ao crescimento econômico sustentável.  

Entre os pensamentos do Campos Neto, pincei alguns tópicos dos quais vou descrever na sequência.  O presidente do Banco Central sente-se incomodado com a responsabilidade da Unidade de Inteligência Financeira, o antigo COAF.  Ele tem razão.  Não é função do Banco Central, fiscalizar a movimentação financeira de cada cidadão brasileiro.  A responsabilidade do Banco Central no mundo todo é da política monetária ou manter a moeda do país, no nosso caso o real no patamar não tão valorizado e nem tanto sub-valorizado em relação à moeda de outros países.  Com moeda estrangeira flutuante como dogma ou submetido ao sabor dos "ventos" do mercado financeiro internacional, é um bom começo.  Mas, isto não é tudo para resolver o problema depressão do País e o Campos Neto sabe disso.  

Um dos principais função do Banco Central é a administração da dívida pública do Tesouro Nacional.  A tarefa não é fácil, não pela culpa do próprio BC, mas pelo "déficit primário", indesejável e persistente que persegue o Brasil desde 2015.  Para o leigo entender, o "déficit primário" é o "dinheiro que falta" para o governo federal pagar as suas próprias despesas.  Há 4 anos consecutivos que o País não consegue pagar as suas contas sem "tomar" dinheiro emprestado do mercado financeiro para cobrir o "rombo fiscal". Há previsão de que em 2020, a conta vai fechar no "vermelho". Se falta dinheiro para pagar as despesas, faz algum tempo que o Brasil mal consegue "rolar" a dívida pública federal, a do Tesouro Nacional.  O Brasil só "rola" a dívida pública, incluído os juros.  Para o leigo entender, o Tesouro Nacional tem dívida bruta ao redor de R$ 5,6 trilhões ou dívida líquida de R$ 4,15 trilhões.  Estou a falar de R$ trilhões!  Para se ter ideia do tamanho do endividamento, o PIB ou tudo que o País movimenta, está ao redor de R$ 7 trilhões.  Em resumo, se o Brasil não consegue pagar nem os juros imagine o principal da dívida.  Brasil é um devedor contumaz! 

Seja como for, grande parte do problema do País tem piorado devido ao pior depressão dos últimos 100 anos, com custos sociais enorme!  Com mais de 50 milhões de trabalhadores desempregados, desalentados, nem-nem e subempregados, a inflação desabou para algo próximo de 4% ao ano.  Inflação baixa puxou a taxa básica de juros Selic para 5% ao ano, a mais baixa dos últimos 30 anos.  Ainda assim, comparado à taxa de juros de países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, estamos à dever.  Nos países citados a taxa básica de juros do Tesouro Nacional deles está abaixo da inflação ou seja taxa de juros "negativos".  Assim sendo, no meu ponto de vista, o Banco Central ainda tem boa margem para redução da taxa básica de juros Selic abaixo de 5% ao ano. 

A boa notícia para a população é que o Campos Neto, vem sinalizando uma pequena flexibilização na liquidez ao anunciar a liberação de 2% a 3% do compulsório dos bancos sobre depósito à vista para financiar os micro empresários.  É uma iniciativa tímida, mas mostra a "direção" correta da política monetária do Banco Central do Brasil.  

Campos Neto e a política monetária na direção correta. 

Ossami Sakamori