segunda-feira, 24 de junho de 2024

A reciclagem de resíduos sólidos

 
Crédito da imagem: Folha de São Paulo

Segundo a reportagem publicada na Folha de São Paulo, de hoje, para a qual credito a imagem e o conteúdo deste comentário, a produção global de plástico cresce mais do que outro material, como metal e aumentou 4 veze mais do que nos últimos 30 anos.   Assim sendo, o seu descarte aumentou no mesmo ritmo e bateu 450 milhões de toneladas por ano, pela última estimativa.  

           Dentro dos problemas ambientais, além do desmatamento de florestas e devastação de biomas importantes, o que causa problemas no mundo todo, são os descartes de resíduos que vão parar em lixões e na natureza, contando que, apenas 9% do plástico descartado no planeta é reciclado. Literalmente, podemos dizer que no Brasil não há "reciclagem" de plásticos e de outros resíduos sólidos que são "jogados" ou "descartados" nos lixões ou na natureza. 

            No Brasil, os resíduos sólidos, em sua grande parte vão para os "aterros sanitários" de cada cidade.   Os aterros sanitários, no Brasil, são "soluções" encontrados pelas administrações municipais para "livrarem-se" de um grande problema ambiental, que são  os resíduos plásticos.   No entanto, uma boa parte dos resíduos plásticos do globo "boiam" nos rios e lagos, que afinal desaguam nos mares do mundo, não merecendo atenção dos países do Primeiro mundo, para um dos velhos problemas, que são as poluições dos oceanos com os resíduos plásticos.

          Em função do "despejo" de resíduos plásticos nos oceanos, há no Oceano Pacífico, uma "ilha flutuante" do tamanho da França, onde acumula, 1,8 trilhões de pedaços de plásticos que acabam contaminando milhares de animais marinhos entre a Califórnia e o Havaí.   No Brasil, o descarte de plásticos, uma parte contaminam as baías de principais cidades do País e uma boa parte dele, segue ao Oceano Atlântico, contaminando os peixes marinhos, que a população brasileira "consome" sem aperceber-se das contaminações invisíveis ao olho nu.

             O plástico que provém do petróleo, deverá predominar, enquanto perdurar a produção de petróleo no mundo, responder pela fabricação de diversos produtos, que vão desde as garrafas pets aos diversos produtos e equipamentos domésticos e industriais.  Diante da irreversibilidade do uso de plásticos, pelo menos, nas próximas décadas, haveria que prover a reciclagem dos resíduos sólidos, especialmente, daqueles proveniente de plásticos.   Hoje, isto não ocorre, infelizmente.

           Com o tamanho problema que se avizinha no horizonte próximo, a "reciclagem" dos resíduos sólidos torna-se importante na "pauta ambiental", além da já conhecida "preservação" das florestas e de outros biomas que asseguram o frágil equilíbrio do meio ambiente, sob aspecto de mudanças climáticas.  

           Infelizmente, no Brasil, o Ministério do Meio Ambiente, se preocupa tão somente em desmatamento ou queimadas de biomas, sensíveis à mudança climática do planeta, servindo como instrumento político, sempre se referindo os números atuais aos do Governos anteriores, transformando o tema importante como preservação ambiental em assunto meramente político partidário.    A ministra Marina Silva quer posar de ambientalista nos fóruns globais, mas está longe de ser "ícone" da preservação do meio ambiente global.  

           Preservação do meio ambiente é dever não só dos ambientalistas, mas do conjunto da sociedade que dela se beneficia. 

            Ossami Sakamori

domingo, 23 de junho de 2024

Na economia, ninguém faz milagres.

A moeda é um patrimônio mais importante na economia de qualquer país do mundo.  Vamos analisar o dólar (US$) para os americanos ou o Euro $ para os membros da Comunidade Econômica Europeia.   Sobretudo o dólar americano (US$) que é usado como moeda padrão nas nas liquidações de transações comerciais e de serviços, através do mecanismo do Swift, a cotação do dólar americano no mercado financeiro indica a "estabilidade" ou "fragilidade" da política fiscal de cada governo.

           A moeda brasileira, em vigor, o Real ou R$, foi criado em 1994, no governo Itamar Franco, para sair do "cipoal" de inflação que o País se encontrava, nos anos precedentes.  A troca de moeda era constante, de Cruzeiro a Cruzeiro Novo, até então.   No período mais recente, no Governo do Presidente Bolsonaro, na fase pior da crise econômica devido a pandemia da Covid-19, houve o pico de desvalorização da moeda Real ao nível de R$5,94 para cada US$ 1.   

      Na prática, a valorização ou a desvalorização da nossa moeda, o real (R$), quando há mais "saída" de capital estrangeiro do que a "entrada".  Isto acontece, quando o mercado financeiro global percebe uma situação "anômala" no mercado doméstico, o nosso, como medidas "impensadas" na política fiscal do Governo federal, já que não há política econômica que sirva de balizamento ou orientação para investimentos produtivos no Brasil.  

           O mercado financeiro internacional, percebeu que o Governo Lula está sem rumo, sobretudo na execução do seu Orçamento Fiscal do ano em curso e dos anos que estão por vir, 2025 e 2026.  Já em 2023, o Governo Lula produziu um déficit primário gigantesco, o dinheiro que faltou para pagar as suas contas do Orçamento fiscal de 2023.  

         Na altura de terminar o primeiro semestre de 2024, a política fiscal da dupla Simone Tebet e Fernando Haddad, que eles insistem em chamar de arcabouço fiscal, inexistente no dicionário da macroeconomia, continua indefinido.   E, para piorar, o Presidente Lula anda prometendo obras e transferência para estados e municípios com vistas às eleições municipais deste ano, sem nenhum critério.   O mercado financeiro não está alheio às falas desastradas sobre a política fiscal do Governo e deu início a "retirada" de investimentos estrangeiros no País, seja "especulativo" ou "produtivo".  

             Para completar a cena "tragicómica" da situação da nossa moeda, o Real, nessa segunda-feira, dia 17, passou a ser a "pior" moeda entre os  países emergentes em 2024, o dólar (US$) usado com parâmetro, acumulava uma valorização de 10,54% enquanto o Peso argentino acumulava uma valorização, no mesmo período, de 10,48%.  Significa que o real teve desempenho pior que o peso argentino.  Lembrando que o atual governo argentino se enquadra como economia liberal, da Universidade de Chicago.

         Para quem acompanha a política fiscal ou ausência dela, no Governo Lula, a menor desvalorização do Peso argentino em relação ao dólar do que a desvalorização do Real brasileiro, não deixa de ser um "sinal de alerta" sobre o desacerto da política fiscal do atual Governo e ausência completa de uma política econômica.   Na economia, ninguém faz milagres. 

                Ossami Sakamori  

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Campos Neto está no caminho correto

 

Não tem procedência a critica do Presidente Lula contra o presidente do Banco Central, Campos Neto, pela manutenção da taxa básica de juros Selic em 10,5%, decidida pelo COPOM - Comitê de Política Monetária, na última reunião.  O COPOM é um órgão do Banco Central, constituído em 1996, que tem função de definir a política monetária, dentre elas, definir a taxa básica de juros dos títulos do Tesouro Nacional.  

         O critério para estabelecimento da taxa básica de juros Selic é eminentemente técnico, que leva em conta os diversos fatores da economia, sobretudo a taxa de inflação presente.   Para estabelecimento da taxa Selic, leva-se em conta, sobretudo, ao resultado fiscal passada e projeção do resultado fiscal dos próximos 6 meses, ao mínimo, com o objetivo de alcançar a meta de inflação futura, hoje, cravada em 3% pelo próprio Banco Central.   

           Os dados disponíveis do Banco Central consta que a inflação acumulada em 12 meses, teve subida de 3,69% para 3,93%, com uma ligeira alta.  Os números disponíveis no Banco Central, mostram um sinal de alerta para não "afrouxar" a política monetária, neste momento.    A função do Banco Central em qualquer país do mundo é assegurar o "poder de compra" da sua moeda, qualquer que seja o país, seja ele os Estados Unidos, Alemanha ou Japão, respectivamente, primeira, terceira e quarta economia do mundo. 

           Como referência, a taxa básica de juros dos títulos do Tesouro americano está, hoje, no intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano.   Os Estados Unidos estão acometidos de mesmo problema do Brasil, o "déficit primário" do Governo, que está previsto em US$ 1,92 trilhão, ante US$ 1,69 trilhão em 2023.  A dívida pública americana correspondia em 123% do PIB,  razão pela qual a inflação americana está no nível desconfortável para os padrões americanos.  

            Voltando à taxa básica de juros Selic do Banco Central, que remunera os títulos do Tesouro Nacional, diante do déficit primário substancial, de R$ 243 bilhões em 2023 e previsão de déficit primário de R$ 76 bilhões em 2024, está totalmente razoável.   Para quem é leigo na macroeconomia, o déficit primário é dinheiro que falta para pagar as contas normais do Governo federal, excluído o pagamento de juros da dívida pública e muito menos a amortização da parte dela.   A situação do Brasil se assemelha à de qualquer Pessoa Física ou Jurídica que não consegue pagar "sequer" os juros da dívida, muito menos fazer amortização da parte dela e vai "rolando" até onde pode.  O Brasil através do Tesouro Nacional acumulava dívida de R$ 6,64 trilhões no mês de abril.   Apenas, como referência, a Lei Orçamentária Anual de 2024 prevê gastos totais de R$ 5,5 trilhões.   Em resumo, o Brasil deve mais do que a despesa total do ano.   

         Dentro deste contexto, não procede a "grita" do Presidente Lula contra Campos Neto, do Banco Central, sobre o nível da taxa básica de juros Selic, sem antes "revisar" os gastos do Governo federal, a começar pelo cortes de despesas de viagens internacionais, como "auto convidado", comportando-se, o casal presidencial, como os "novos ricos", tudo à custa do dinheiro público.

             Um presidente da República, de qualquer país, deveria ter um ministro da Fazenda e ministro do Planejamento, com mãos fechadas, com política fiscal equilibrada e uma política econômica compatível com dimensões continentais e com população de 203 milhões de pessoas.   O fato que não há nenhum destes pré-requisitos necessários para Brasil ser considerado como "país em desenvolvimento".    

       Haveria de ter feito uma profunda reflexão, antes de fazer críticas à política monetária do Banco Central, sem que cada uma das partes envolvidas, não fizerem os seus próprios deveres de casa.   Campos Neto, no meu entender, diante da situação que atravessa o País, está no caminho correto.

             PS: O Governo Lula está como aquele indivíduo que não consegue fechar a conta do mês, sem usar o "limite" do "cartão de crédito".   A dívida virou uma "bola de neve".

             Ossami Sakamori

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Brasil está na contra mão da economia global.

 

Hoje, quarta-feira, dia 19, o COPOM se reúne para definir a taxa básica de juros Selic para os próximos 45 dias.    Apesar da crítica áspera do Presidente Lula contra a política monetária sob comando do Banco Central, vai definir, na minha opinião, pela manutenção de altas taxas de juros em 10,5% ao ano. A tendência é de que a taxa básica de juros Selic se mantenha nos mesmos níveis até o final deste ano, se não houver nenhum fato novo, no mercado nacional e internacional.  

          A receita macroeconômica tradicional, no meu entender, vai na direção contrária aos interesse do Presidente Lula, cujo projeto pessoal, é de gastar o que for necessário, para manutenção dos programas sociais do Governo federal, custe o que custar.  O Presidente Lula, quer "tocar" o País como se toca um "boteco" de esquina, sem nenhum critério, sem nenhum pudor, com política fiscal duvidosa de, com gastos públicos com déficit fiscal incompatível com a estabilidade da moeda brasileira, o real. 

           O Brasil caminha na direção contrária ao do mundo global, com guinada à "esquerda", enquanto o mundo caminha para economia de "direita", com a política fiscal equilibrada, mantendo o "poder de compra" da moeda de cada país.

           No continente europeu, a guinada é pela direita, sob comando de duas mulheres, a francesa Le Pen e pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, cujo fato é que instala duas mulheres na linha de frente da virada à direita na Europa.   O amigo do Presidente Lula, o Emmanuel Macron parece ter perdido o "espaço" para a Le Pen. 

           Atualmente, ainda sob comando da esquerda, o continente europeu vai mal em vários indicadores como em investimentos, pesquisa e produtividade, segundo relatório elaborado pelo ex-primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta.   O Brasil caminha na direção contrária à da União Europeia, com o Governo federal, sob comanda da velha "esquerda", recheado de "assistencialismo" e velho "cacoete" de "emissão de moeda" para cobrir os gastos públicos.  

           Antes, popular, o Presidente Lula, de hoje, está fora do contexto das maiores economias do mundo, mostrado visivelmente pelos gestos dos representantes do G-7, na última reunião na Itália, onde foi recebido "friamente" pela Primeira ministra, Giorgia Meloni e por demais representantes do Grupo dos Países mais ricos do mundo.   

         O mundo caminha para a direita e o Brasil caminha na direção contrária aos dos países globais, ao caminho da ultrapassada "esquerda".  E, por estes e outros tantos motivos, a principal delas, a falta de uma política econômica que mostre a segurança dos investimentos privados, o Brasil caminha na contra mão da economia global.  

            Ossami Sakamori      



terça-feira, 18 de junho de 2024

Falta o essencial para Brasil ocupar o G7

 

A condução da macroeconomia de um país, não é para qualquer político, muito menos para os sem formação nas teorias econômicas que vigora nas políticas econômicas dos países que abocanham os maiores PIB do mundo.   Não é atoa que os países do G7, são prósperos e abocanham a maior parte do PIB mundial.  O Brasil, um país com dimensão continental, disputa a posição de maiores PIB do mundo com a Itália, uma pequena península do continente europeu, menor do que muitos estados do Brasil, na tentativa de fazer parte do grupo de "países ricos".   

            O Brasil é tocado ou administrado como um botequim de esquina, onde não há uma política econômica que oriente os empresários brasileiros e estrangeiros aplicarem os seus capitais, que tornem o País como potência mundial, com o seu próprio parque industrial, ao invés de depender, quase que exclusivamente da venda de  commodities, como agrícola e minérios, com pouco valor agregado.   

           Infelizmente, o País não tem um ministro da Fazenda com sólida formação em macroeconomia e nem tão pouco um ministro de Planejamento, cuja pasta já foi ocupado pelo emérito Roberto Campos, avô do atual presidente do Banco Central.  Basicamente, nos últimos cem anos, há apenas duas teorias macroeconômicas em destaque, a do John Maynard Keynes, o baluarte das "teorias macroeconômicas" e o do professor Milton Friedman, professor emérito da Universidade de Chicago, conhecido com sua "teoria liberal".

            O Governo federal, além de cuidar das finanças públicas, adotando uma política fiscal, consistente que busque o equilíbrio fiscal, além de, simplesmente, buscar "novas receitas" para tentar ao menos "zerar" o déficit fiscal, que nada mais é do que o "dinheiro que falta" para cobrir as despesas correntes do Governo federal, sem mesmo considerando o pagamento dos juros da dívida pública.  Diz a Folha de São Paulo, de hoje, que o Brasil vive um presidente, um partido e um ministro da Fazenda, vivendo uma "realidade paralela", aparentemente desconectado de questões terrestres.  

          Completa o comentário da Folha de São Paulo, de hoje, de que "não parece haver cálculo político mais sofisticado, maturidade estratégica e plano tático", se referindo a condução da economia do País, sem uma política fiscal equilibrada e muito menos uma política econômica que oriente os diversos atores da economia brasileira.

          Continuo a afirmar que o Brasil é administrado ou tocado tal qual um "botequim", sem o mínimo de critério técnico, muito menos de um plano de ocupar posição de destaque no cenário internacional, apesar de toda potencialidade que o Brasil possui.  Desta forma, vai ser difícil, no horizonte próximo, ver as "picanhas" nos freezers, restando apenas as "cachaças" nas prateleiras, a preferência do seu dono, o do botequim.

          Finalmente, digo eu, há razões de sobra para que o Presidente Lula, tenha sido convidado a descer de patamar na escadaria para as "fotos" dentre os dirigentes das maiores economias do planeta.   Quiçá, um dia, estaremos na foto no degrau superior, para as fotos do G7, pelo merecimento e não pela esperteza.  

            Ossami Sakamori

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Somos os bobos da corte!


A pedido do leitor deste,  passo a seguir o resumo dos gastos públicos e percentual de incidência na formação do PIB - Produto Interno Bruto do País.  Procurarei de forma resumida, para compreensão de um leigo em macroeconomia, tal qual este que escreve.  Já vou avisando que os dados não servem para teses macroeconômicas dos analistas do mercado financeiro, "em alta", diante da atual situação do País dentro do contexto global conturbado.

           A carga tributária ou seja, o peso dos impostos e contribuições sobre a economia, caiu ligeiramente em 2023, para 32,44% do PIB.  O peso de cada setor para formação do PIB, em 2023, foi de 7,1% para o setor agropecuário, 25,5% para o setor industrial e 67,4% para o setor de serviços, incluído neste último os serviços públicos, de maneira geral.

      O País não acordou, ainda, para o gigantismo do setor público, que compromete de 12,8% a 13,4% do PIB. O percentual, embora pareça pouco, está muito acima da média de 37 países, membros, da OCDE, cuja contraprestação de serviço é muito mais estruturada. 

           Basicamente, o setor primário reúne as atividades agropecuárias e extrativas, produzindo matérias primas para produtos industrializados e, também, de produtos "in natura".  O setor secundário engloba as indústrias de ramos produtivos diversos.  O setor terciário é composto pelos prestadores de serviços como saúde, educação privada e pelo comércio, essencialmente.  

           Atualmente, a economia do Brasil se sustenta na agricultura, tornando o País exportador de produtos como franco, soja e carne bovina, sendo também, líder na produção de derivados da cana de açúcar, de celulose e frutas tropicais.

           O setor secundário brasileiro se destaca pelas indústrias automobilísticas, produtos siderúrgicos, petroquímicos, papel e celulose, construção civil, geração de energia e produtos alimentícios, essencialmente. 

          O setor terciário é formado por atividades que envolvem a comercialização de produtos ou serviços, tais como bancos, escolas, hospitais, supermercados, shopping centers, entre outras.  Nas últimas décadas, com o desenvolvimento das atividades digitais e financeiras, o setor de serviços tem ampliado a participação do setor de serviços na formação do PIB, não só no Brasil, mas em todo o mundo.  

            O Brasil ainda não acordou para o "gigantismo" do setor público, que impõe a pesada carga tributária para uma precária contraprestação de serviços públicos.  Os gastos com funcionários públicos correspondiam em 2022, a 12,80% do PIB, sendo que os gastos com educação, saúde pública e saneamento que correspondiam 9,63% do PIB.  

           Dentro deste contexto que Presidente da República Federativa do Brasil, no caso atual, o Presidente Lula, tem poderes quase que absoluto sobre o Orçamento federal, manipulado ao seu bel prazer ou à sua própria vontade, cooptando os congressistas da Câmara dos Deputados e Senado Federal, mediante liberação de "emendas parlamentares".   Os congressistas, na atual forma de funcionamento dos poderes da República, são meros "capachos", onde o Presidente da Lula limpa as suas botas sujas de lamas, de atividades não tão republicanas.

          Presidente Lula é o rei da "cocada preta" enquanto, eu e você, somos os "bobos da corte" !   

          Ossami Sakamori

sábado, 15 de junho de 2024

Acorda Brasil !

 

Os leitores deste blog, em sua maioria, são cidadãos comuns, profissionais liberais e empresários de pequeno e médio porte, que procuram inteirar-se dos últimos acontecimentos políticos/econômicos do País, para direcionarem corretamente os investimentos nos seus negócios.  Cada um sabe, exatamente, onde aperta o calo com as medidas, muitas vezes desastradas do Governo federal.   O sucesso ou insucesso nos seus negócios, falo dos bravos empresários brasileiros, depende da economia do País,  onde os poderes públicos, incluindo União, estados e municípios, representam cerca de 50% do PIB - Produto Interno Bruto, do País.  

           Dito isto, vocês podem imaginar a posição dos investidores institucionais e especulativos que dependem das atitudes, dos governantes mais do que leis, em especial, os da esfera federal.   Diante desta posição relativa do tamanho dos Governos, em especial, do Governo federal, os pequenos gestos e falas do seu Presidente da República torna-se importante na economia do País.   O Governo federal, ao seu "bel prazer", tem poder de editar "Medidas Provisórias "que alteram substancialmente a política fiscal e a política econômica, que por sinal, inexistente no Governo Lula.

           O exemplo clássico de interferência do Presidente da República, sobrepondo aos órgãos da área econômica, foi o "leilão da compra de arroz", com indícios de "ladroagem", na compra de cerca de R$ 5 bilhões.   O sistema político brasileiro, o atual, permite um "absurdo" como as microempresas "ganharem" o privilégio de fornecer R$ bilhões ao Governo federal.  Devido a repercussão negativa, o leilão foi anulado.  

          O nosso sistema de Governo, o Presidencialismo absoluto, faz com que o Chefe do Governo passe o seu "dia dos namorados", na Itália, ocupando-se de um hotel de extremo luxo, cuja diária custou ao contribuinte brasileiro, nada menos do que R$ 71 mil, a cada noite.  Para um operário que pisou "chão de fábrica", o gesto de adular a sua Primeira dama, deve ter sido, o "êxtase", na sua vida pessoal.  

    Enquanto isto, os empresários produtivos, esperam "sentados", uma política econômica, consistente, que contemple sua área de atuação, para fazerem o planejamento de seus investimentos, correndo riscos inerentes aos seus negócios.  A consequência da inércia é que o País, que já teve parque industrial automotivo atuante, se viu as indústrias pioneiras como Volkswagen e Ford se retirando do Brasil e deixando lacuna para indústria automotiva chinesas, o BYD, importarem os seus carros populares, sem os pesados encargos do Brasil.  Não tem como, diante da complexidade da legislação brasileira, competir com as indústrias de ponta dos grandes players globais, como os dos Estados Unidos, da União Europeia e da China. 

         Para o mundo, não para o Presidente operário, Lula da Silva, o mercado consumidor brasileiro, com 203 milhões de habitantes, é importante para consolidação das suas indústrias nos respectivos países de origem.  O Brasil do Presidente operário, Lula da Silva, interessa tão somente a barganha dos seus commodities, em forma bruta, contrapondo com os produtos acabados com inserção de tecnologia de última geração.    Brasil exporta em toneladas de grãos de minérios de ferro e commodities e importamos os produtos acabados, como os veículos Byd, chineses, produzidos no outro lado do planeta, com suas políticas econômicas direcionadas para atender os interesses deles próprios.  Com as importações, o Brasil cria empregos nos países de origem dos produtos. 

           Aqui não vai a crítica ao Presidente operário, analfabeto funcional, por opção, mas sobretudo à classe política que o apoia em troca de benefícios de "emendas parlamentares", para se manterem no Congresso Nacional.  

            Acorda, Brasil !!!

           Ossami Sakamori          

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Presidente Lula esbanja o nosso dinheiro


O mercado financeiro brasileiro está acompanhando a movimentação do mercado internacional, com sucessivas quedas nas principais "Bolsas de Valores" da economia ocidental.   O que conta são os indicadores do mercado financeiro que vem dos Estados Unidos e da União Europeia.   Dá-se impressão que o mercado de risco americano e europeu estão sofrendo um "stress", com as sucessivas subidas dos índices nesses últimos três anos, pós pandemia da Covid-19 de 2020.  O mercado financeiro brasileiro não foge à regra, somado ao "descontrole" das contas públicas do Governo Lula, comandado pelo ex-ministro da educação e atual ministro da Fazenda e intempestiva interferência do Presidente da República no Orçamento público federal, tem causado "espanto" e "mal estar" entre  os investidores institucionais nacionais e internacionais.   O mercado financeiro, não gosta de correr riscos desnecessários e o capital estrangeiro migram rapidamente para as praças tradicionais e seguras como dos Estados Unidos e Reino Unido.  

          Dentro do contexto, a economia americana está indo "muito bem, obrigado!".  O mercado de trabalho americano está em "pleno emprego", dentro da concepção macroeconômica deles.   Até por estas condições, a do crescimento, a inflação se encontra no patamar elevado, ao nível de 3,5% ao ano, referência do mês de abril.   Diante da inflação, o FED pratica taxa básica de juros variando de 5,00% a 5,25%, frente a inflação de 3,3% nos últimos 12 meses.

          Diante da situação política dos dois países, a americana e a brasileira, os investidores institucionais estrangeiras estão tomando decisões de repatriar os investimentos especulativos, causando, no mercado financeiro nacional, baixa no índice Bovespa e alta na cotação do dólar.  Isto, ainda, sem considerar a conjuntura do mercado financeiro global, que favorece aos países desenvolvidos. 

          Por outro lado, o petróleo do tipo Brent, a mais nobre, estava marcando cotação ao redor de US$ 83, no momento que estou escrevendo este comentário.  O petróleo pré-sal da Petrobrás que é do tipo pesado ou do tipo TWI, ligeiramente mais barato do que  o petróleo do tipo leve, o tipo Brent.  Ironicamente, as refinarias instaladas no País não processam o petróleo pesado, o da Petrobras, sendo necessário fazer o "passeio" do petróleo: exportamos o petróleo pesado, do tipo TWI, e importamos o petróleo leve, o do tipo Brent.  

           É triste ver o nosso Brasil estar numa situação desta, da fuga dos capitais, considerando que exportamos os commodities como minério de ferro e produtos agrícolas, compostos sobretudo de soja, milho e carne bovina.  O País exporta produtos com pouca agregação de serviços e importamos produtos acabados como os veículos chineses.  Exportamos em toneladas e importamos em quilogramas, tudo como dantes, dos tempos do império.

           Enquanto a própria população não se conscientizar, nós seremos os importadores de "produtos eletrônicos de alto valor agregado e exportaremos as mãos de obras, forjadas nas nossas universidades, para prestarem serviços de baixo nível nos países do Primeiro mundo, que os próprios os rejeitam. 

          Enquanto o nosso Presidente da República, se gaba em dispender diária do hotel 5 estrelas, de R$ 71 mil, segundo a grande imprensa, um grande contingente de brasileiros ganham cerca de R$ 2,5 mil por serviço de 30 dias, no Brasil.   Sim, comportamo-nos como se fossemos os "novos ricos", o Presidente Lula, esbanjando o dinheiro arrecadado da população com incontáveis necessidades. 

          Ossami Sakamori          

quinta-feira, 13 de junho de 2024

O efeito La Niña está chegando

 

Seria função do Governo federal anunciar as previsões sobre os fenômenos naturais que ocorrem no País, anualmente, para tentar evitar ou minorar a tragédia vivida no último mês de maio no estado do Rio Grande do Sul.   As tragédias acontecem por falta de prevenção contra os fenômenos naturais do planeta Terra, que ocorrem sazonalmente, todos os anos, com maior ou menor intensidade.  

            Em boletim divulgado nesta quarta-feira, dia 12 de junho, o Instituto Nacional de Meteorologia comunicou o fim do fenômeno conhecido como El Niño, que se caracterizou pelo aquecimento acima do normal das águas do Oceano Pacífico equatorial, impactando em mudanças climáticas em todo o mundo.  Concomitantemente à clima de chuvas intensas no Sul do País, no mesmo período foram observados climas secos no Norte e Nordeste, além de observado ondas de calor acima da média.    

        A partir de agora, segundo o INM - Instituto Nacional de Meteorologia, alerta que, outro fenômeno está chegando ao País, o La Niña, que tem efeito oposto ao El Niño, com e preveem os órgãos ambientais, como a NOAA dos Estados Unidos, que indicam que o efeito La Niña, tem 69% de chance de se formar até setembro próximo.


         Para os ambientalistas e órgãos do Governo federal, que cuidam do assunto climático, a ocorrência do El Niño e o La Niña é algo rotineiro e normal.   Para o Brasil, o El Niño provoca chuvas na Região Sul e seca nas regiões Norte e Nordeste.  O La Niña faz o contrário, causando secas no Sul e chuvas no Norte e Nordeste, conforme mostrado no desenho acima, porém, não são tão preciso como mostra o desenho.  
          Que a ocorrência de um fenômeno atípico no último mês no estado de Rio Grande do Sul, sirva de exemplo, para os Governos de plantões, para os fenômenos naturais do nosso planeta.  No Brasil, pelo que constatamos, as ocorrências climáticas, desastrosas, porém, previsíveis, são sempre, "pratos cheios" para os políticos de todos viés político, fazerem as suas "politicagens" utilizando-se de verbas públicas, tão caras para os contribuintes brasileiros.  
           Ossami Sakamori

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Brasil a caminho do precipício

 

Fico triste ver que o País esteja discutindo, ainda, sobre o Orçamento público, em especial, o Orçamento fiscal do Governo federal de 2024.  O fato acontece no ambiente em que o Governo federal, não mostrou à sua população, aos agentes financeiros e aos empresários de grande a pequeno porte, a sua política econômica.  Há ausência de uma política econômica que oriente os agentes econômicos privados, do setor primário ao setor industrial fazerem os seus planejamento de investimentos.  Infelizmente, as últimas notícias da grande imprensa, dão destaques sobre o episódio de compra de arroz, cuja licitação fora vencida por "micro empresários" para compra governamental de R$ 5 bilhões.   Devido ao destaque na grande imprensa, sobre o episódio, o Governo Lula mandou cancelar a licitação e demitiu um funcionário de segundo escalão.

            Na área política, o presidente do Senado Federal, devolveu ao Palácio do Planalto a Medida Provisória que prevê a "re-oneração" da folha de pagamento das micros e pequenas empresas, desoneradas que foram pela Lei aprovado no Congresso Nacional, aquelas empresas que empregam um grande contingente de mão de obra no País.   

           O Governo federal está "desesperado" atrás de recursos para cobrir os gastos extraordinários, cada vez mais evidentes, desde as viagens privadas dos ministros do Governo Lula, que hoje, conta com 38 ministérios, com o todo "cipoal" de estrutura burocrática.  O Governo federal conta, hoje, com 1,120.404 servidores públicos ativos e 1.115.288 servidores públicos inativos, para manter a máquina pública federal funcionando.  

       O déficit público em 2023, contando somente as despesas correntes do Governo federal foi de R$ 246 bilhões.  Contando com o pagamento dos juros da dívida pública, o déficit nominal do Governo federal, em 2023, foi de R$ 967 bilhões, que correspondeu a 8,90% do PIB - Produto Interno Bruto, do mesmo ano.   Acompanhando o andar dos "feitos" e "malfeitos" do Governo Lula, o País deve terminar o ano de 2024, com o "déficit primário" acima R$ 400 bilhões em 2024, na minha avaliação.   Nada mudou no panorama das contas públicas do Governo federal, mesmo com a denominação de "arcabouço fiscal", uma nova denominação dada à velha "política fiscal" pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.   

         O problema existencial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não é da conta do povo brasileiro.  E, muito menos, a do Presidente Lula, que insiste em comandar o País como se toca um botequim da esquina, tal qual "flautista de Amelin", que fez desaparecer 130 crianças com sua melodia, no século XIII.  

           Ossami Sakamori

terça-feira, 11 de junho de 2024

Presidente Lula vai à Itália

 

Pobre do país com 8,5 milhões de Km2 de extensão territorial, sendo a maior parte dela de terras férteis, próprios para agricultura mecanizada, só igualando ou superado pelos Estados Unidos e Rússia, ter que passar pela situação que estamos passando.  O episódio da importação de arroz para, segundo Governo, suprir as safras perdidas com as enchentes no estado de Rio Grande do Sul é um exemplo a não ser seguido.  

        Sendo filho de um agricultor, imigrante japonês, cujo povo, refiro-me aos imigrantes de todos rincões do planeta, incluindo neles, alemães, italianos, poloneses e ucranianos, fizeram do Brasil exportador de produtos agropecuários, de expressão mundial.    Só não sabemos fazer o "estoque regulador" do Governo federal, como se fazia no final do século passado.   Como que "de repente", o Governo federal descobre que não tem o "estoque regulador", tendo que importar o arroz, o principal alimento dos brasileiros, juntamente com o feijão.   Com atrapalho de sempre, para não dizer propositadamente, as referidas importações serão feitas por 5 "microempresas", de atividades diversas ao do comércio exterior, uma compra que ascende a R$ 5 bilhões.  Sim, eu disse, bilhões!

           O Presidente Lula, PT/SP, administra o País, com o PIB de R$ 10,9 trilhões ou R$ 10.900.000.000.000,00 em 2023, tal qual um "botequim da esquina", onde vende de tudo, sem a mínima organização.   Imagina, um País com o tamanho do PIB e de arrecadação de tributos proporcional para custear a pesada "máquina pública", não conseguir equilibrar o Orçamento Público no final de cada ano.   O Brasil não consegue fechar as suas contas, provocando "déficit primário", o dinheiro que falta para cobrir as despesas, exceto juros da dívida pública.   Isto é um sinal de "alerta" para futuro das contas públicas.  

            O ano de 2023, o País fechou com o "rombo" nas contas do Governo, denominado de "déficit primário" de R$ 249 bilhões, sendo que, se incluído o pagamento de juros da dívida pública, o "déficit nominal" foi de R$ 967 bilhões em 2023.   Os números por si só, demonstram que o Brasil está no caminho errado.   O País está como um veículo pesado desgovernado numa "descida da serra".   Qualquer pessoa, com grau mínimo de escolaridade, sabe que se a situação do País, prevalecer na mesma direção, tem tudo para "dar errado".   

           Diante da situação, o Banco Central sozinho, mesmo com a sua política monetária conservadora, não será suficiente para salvar a situação do Brasil, do pífio crescimento e endividamento crescente.   O Presidente Lula, dentro deste contexto, ao invés de fazer a sua "lua de mel" com a primeira dama Janja, à Itália e tomar "benção" do Papa, deveria ao menos, colocar no Ministério da Fazenda, um profissional com ilibada competência e dar prioridade à política econômica do País.     

            Ossami Sakamori 


segunda-feira, 10 de junho de 2024

A função do Banco Central

 

Cansei de ver amadores na macroeconomia comandando a política fiscal que o atual ministro da Fazenda insiste em chamar de arcabouço fiscal, como se a mudança na denominação do velho problema do País pudesse resolver como "num passo de mágica".  Fico mais triste ainda, ver os agentes financeiros e analistas da área econômica, dar ressonância às medidas tomadas pela área econômica do Governo. 

          Eu já, insistentemente, tenho comentado da ausência de uma política econômica deste Governo que englobe as ações do próprio Governo federal, dos governos estaduais, dos governos municipais, além de incluir todos setores produtivos do País, que afinal contribui com os "impostos" e "contribuições" para manter a pesada máquina pública brasileira.  

           O setor público responde por cerca de 12,5% do total de 91,18 milhões de pessoas empregadas no País.  Para manutenção deste pessoal, o Governo federal  gastou em 2023, cerca de R$ 369,4 bilhões, contando somente o pessoal na área federal.   Para um país que, as necessidade de investimentos públicos em todas áreas de sua jurisdição, dispende como a Suécia em termos de gastos públicos e presta serviços equivalente ao da República de Burundi na África. 

            Nos comentários anteriores, falei da política econômica ou ausência dela, comentei sobre a política fiscal, que o ministro da Fazenda mudou a denominação para arcabouço fiscal, como uma forma de "enganar" os próprios analistas econômicos menos avisados ou menos preparados.   

          No rol de "escaninhos" da economia como um todo, não comentei ainda sobre a política monetária, que tem a função, sobretudo, do controle da inflação.  Manter a inflação sob controle é o mesmo que manter o "poder de compra" da população.   Esta função é do Banco Central ou do COPOM, que funciona sob sua guarda-chuva.  A função do Banco Central ou do COPOM é manter o "poder de compra" da nossa moeda, o real, hoje, sob comando do Campos Neto, cujo objetivo principal é manter a "inflação" sob controle.   O Banco Central trabalha com  meta de inflação de 3,5% e pratica taxa básica de juros Selic, dos títulos do Tesouro Nacional, ao nível de 10,5% ao ano.  Hoje, a inflação está no patamar abaixo de 5%, muito próximo da meta do Banco Central.  

         No meu entendimento, o controle da inflação e a política econômica clara são as espinhas dorsais para crescimento econômico sustentável ao longo do tempo.   Sem a política econômica, o Brasil está como caravelas do Cabral perdidos na imensidão do mar ao caminho das Índias.  

             Ossami Sakamori 

domingo, 9 de junho de 2024

Não há política econômica no Brasil

 

O Brasil anda sem rumo, em matéria de política econômica ou na ausência dela.  A equipe econômica comandada pela professora Simone Tebet no Planejamento e Orçamento e  Fernando Haddad na Fazenda, não seguem nenhum planejamento, pelo que tem mostrado na gestão de ambas pastas.   Ao contrário, a grande imprensa mostra a divergência entre a ministra do Planejamento e o ministro da Fazenda.  

        O último episódio, segundo a grande imprensa, se refere à desvinculação do valor da aposentadorias ao salário mínimo defendido pela ministra Simone Tebet, mas que acabou entrando na "mira" do PT, ao atacar um tema caro ao Partido do Trabalhador.  Isto é apenas o pano de fundo na briga dos anões, num ambiente que "não há política econômica e nem tampouco uma política fiscal equilibrada.

           O pano de fundo é a ausência de uma política econômica que mostre aos agentes econômicos, incluídos o Governo federal e demais entes federados, os estados e municípios.   A última política econômica foi o Plano Real do Governo Itamar Franco e implementado pelo Governo Fernando Henrique.   No meio do caminho, teve a Emenda 95, que regulamentou o teto dos gastos públicos, que é parte de uma política fiscal, mas não fez referência à política econômica.

            Hoje, o País anda à deriva, sem uma política econômica, que oriente e regulamente as atividades dos entres públicos, Governo federal, estadual municipal e entes vinculados e a iniciativa privada, do setor primário, do setor industrial e a dos serviços.   O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não consegue sequer administrar a política fiscal de sua alçada, muito menos de "desenhar" uma política econômica, que envolva todos os setores da economia, incluído nela os entes federados.   O Governo federal, não consegue pagar suas próprias contas, com a política fiscal, e muito menos pagar ao menos os juros da dívida pública, a taxa básica de juros Selic, 10,5% ao ano, atualmente, enquanto a inflação está abaixo de 5% ou próximo da meta do Banco Central, que é de 3,5%. 

            A ausência de uma política econômica e de uma política fiscal adequadas a um país em desenvolvimento,  deixa os investidores privados, nacionais e internacionais, com "ressalvas" em realizar investimentos produtivos pesados, criando empregos e oportunidades aos reles cidadãos brasileiros, no qual me incluo, com muito orgulho. 

          Desta forma, a conclusão é que "não há política econômica no País, causando constrangimento como importação de arroz, elemento essencial na mesa dos brasileiros, pobres e ricos. 

           Ossami Sakamori 


sábado, 8 de junho de 2024

Melhor com Fernando Haddad do que sem ele

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá deixar o Ministério da Fazenda, nos próximos meses, segundo minha avaliação.  Em entrevista para o pequeno grupo de analistas econômicos, ele reforçou a preocupação com o aumento nos gastos na Previdência e Assistência social e que o ministério do Planejamento e ministério da Fazenda, tinham estudos para conter as despesas obrigatórias, fato que já foi discutido em entrevista pela ministra do Planejamento Simone Tebet e  o secretário do Tesouro Nacional, o auditor Rogério Ceron, anteriormente.

           Bem, isto é o pano do fundo.  O principal motivo, na minha opinião, é de que o ministro da Fazenda, está vendo o seu poder se esvair das suas mãos.   A essa altura, o seu "arcabouço fiscal", que nada mais é do que a "política fiscal", literalmente, está sendo jogado no "lixo".   A essa altura, a taxação dos "super ricos", um projeto dos sonhos dele, está sendo colocado na "geladeira", para alívio dos grandes investidores e dos empresários produtivos que movimentam a economia do País, apesar do País não ter uma política econômica que oriente o direcionamento dos investimentos no País.   

            Se, antes, com o Fernando Haddad no Ministério da Fazenda,  os investidores institucionais tinha alguma noção do rumo da economia do País, "certo ou errado", nos últimos dias, vemos o Presidente Lula dando suas "cartadas" na economia do País, com recriação do Orçamento de Guerra, onde não há limite de gastos públicos, podendo variar, na minha opinião, de R$ 25 bilhões a R$ 500 bilhões.   Assim sendo, o ano de 2024 deverá terminar com o "déficit primário" acima do que foi no ano de 2023, de R$ 249 bilhões.  Lembrando que no cômputo do "déficit primário" não conta os serviços da dívida pública, como juros vincendas da dívida pública. 

           Na minha opinião, de analista amador da macroeconomia, o País se encontra na posição de "melhor com Fernando Haddad" do que sem ele.   Deixar a condução da economia do País nas mãos da equipe do Palácio do Planalto, é uma situação de "arrepiar" qualquer analista econômico/financeiro.  A última investida do Presidente Lula, foi a "importação equivocada" do arroz chinês.  Os produtores chineses agradecem.  Xiè xiè !

             Ossami Sakamori 

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Apertem os cintos, os passageiros da economia global

O mercado financeiro  internacional, incluído o do Brasil, está mostrando sinais de "stress" pela especulação dos ativos mobiliários ou seja no mercado de ações de companhias de capital aberto.   Há cerca de três semanas que o mercado financeiro do mundo todo e também de commodities estão operando no "vermelho".  

            Embora, as baixas estão ainda em proporções não tão  alarmante, para quem presenciou a crise financeira de 2008, aquela que iniciou com o estouro da "bolha imobiliária" nos Estados Unidos e consequente quebra do Banco Lehman Brothers, o mercado de ações experimentou queda brutal de ativos financeiros, que "colocou na lona" os grandes investidores de mercado de capitais americanos e consequentemente, fez a crise econômica e financeira espalhar pelo mundo todo. 

             A principal causa, desta vez, não vem do ocidente, mas do oriente.  A China, Japão e Coreia do Sul, estão se unindo para enfrentar a "futura crise", fortalecendo o mercado de bens de consumo dentro das fronteiras dos três países.  Uma das maiores economias do mundo, a China na segunda colocação e o Japão na quarta posição, tem reservas cambiais robustas e reserva expressiva em "ouro", para enfrentar eventuais crises financeiras globais.  Curiosamente, esta união entre os países do oriente, aconteceu recentemente.  

           O que assustou o mercado financeiro global é o fato de que a Arábia Saudita está vendendo uma parcela minoritária da sua empresa de petróleo o Aramco.  A empresa saudita vale, hoje, no mercado cerca de US$ 2,37 trilhões, cerca de 23 vezes mais do que a Petrobras, que hoje tem capital ao redor de US$ 100 bilhões.   Se a Arábia Saudita está vendendo, cerca de 10% do capital da sua empresa, a Aramco, boa coisa não deve estar prevendo no horizonte do mercado financeiro global.  Bobos, eles não são.

            O mercado financeiro global, está com certo "stress", devido a alta seguida, pós crise econômica e financeira devido a pandemia Covid-19.  Este sinal de "stress", venho verificando nas últimas duas semanas, como se fosse "aviso prévio" para uma nova crise econômica financeira global.   Para atrapalhar a situação do Brasil, o governo do Presidente Lula, não consegue sequer pagar as contas do próprio Governo federal, apresentando "déficit primário" ou o "rombo fiscal" desde o início do gestão em 2023.  O Governo do Presidente Lula, gasta mais do que se arrecada, criando ambiente "negativo", no meio de uma possível e provável crise financeira global.  

           Para os pequenos investidores, a minha recomendação é, sempre, deixar suas economias aplicados no Tesouro direto ou títulos do Tesouro Nacional.   

           Ossami Sakamori

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Marina Silva quer o Premio Nobel

 

Atualizada, diariamente, a plataforma do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, de que de janeiro ao início de junho deste ano, 2024, os focos de incêndio no bioma pantanal aumentaram 974% na comparação com o mesmo período do ano anterior.  Atualizada diariamente, a plataforma do INPE mostra que, até essa terça-feira, dia 4 de junho, o bioma somava 978 focos, enquanto em 2023 o número era de 91. 
          O valor acumulado neste ano, ainda, segundo dados do Instituto, é o segundo maior dos últimos 15 anos, atrás apenas de 2020, quando foram registrados 2.135 focos.  Naquele ano, ainda segundo INPE, cerca de 30% dos biomas foram consumido pelas chamas.  Os dados do INPE foram atualizados em junho deste ano, 2024.  O valor acumulado neste ano, é o segundo maior dos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2020, em que cerca de 30% do bioma foi consumido pelas chamas.    
            A nossa ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é especialista em apontar os problemas do meio ambiente, mas é incapaz de dar solução para os desastres ambientais que ocorrem no País.   Na última conferência sobre o meio ambiente a COP29, incluiu na pauta a substituição dos combustíveis fósseis por uma forma alternativa de energia, sem apresentar soluções para a mesma.   No meio de desastre devido ao fenômeno climático no Rio Grande do Sul, fenômeno que não se via desde 1941, pôs culpa aos gaúchos de não ter feito florestamento nas encostas, sem que, ela tenha, apontado soluções práticas sobre o tema para minorar ou evitar os efeitos dos desastres ambientais.    Assim, a ministra Marina Silva, quer marcar na história do meio ambiente como a "salvadora da pátria", tal qual o seu chefe, o Presidente Lula.    
          O assunto do desastre ambiental, nem sempre, está atrelado à ação dos seres humanos, dependendo muito mais da expansão da galáxia, onde o Sol é apenas um pingo neste universo imensurável.   Com certeza, a ministra Marina Silva, vai propor a mudança na galáxia para acabar de vez com problema das mudanças climáticas no planeta Terra.   A ministra Marina Silva quer, também, o Premio Nobel da Economia ou do Meio Ambiente, tal qual o seu Presidente da República, almeja o Premio Nobel da Paz.
               
              Ossami Sakamori 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Embraer, o exemplo de uma companhia

 

Não importa muito, que o controle do capital tenha passado para as mãos dos investidores estrangeiros, liderado pelos fundos de investimentos, a Brandes Investment Partners (USA) com 14,4%, a Mondrian Investment Partners (Reino Unido) com 10,1% e Blackrock (USA), individualmente, ao menos com 5% das ações.  A BNDESPar, braço do BNDES, tem participação de 5,4%.  A Embraer tem participação do Governo brasileiro com o "golden share", um acionista com o poder de veto nas principais decisões da Companhia, como transferência da sede para um outro país. 

         A Embraer foi constituído pelo presidente Arthur da Costa e Silva, através de decreto de nº 770, que criou a Embraer, a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A., destinada à fabricação seriada do avião, sendo o seu primeiro presidente Ozires Silva, em 1969.  Hoje, a Embraer fabrica, além das aeronaves comerciais, o cargueiro KC360, desenvolvido com os portugueses, está associado com os suecos na fabricação das caças Saab JAS 39 Gripen, designado apenas como F-39 Gripen e tem uma das suas linhas de montagem na cidade de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. 

           Atualmente, com a participação da subsidiária da Embraer, está em construção 4 navios fragatas, de defesa da Marinha brasileira, uma encomenda de US$ 1,6 bilhão, com instalação na cidade portuária de Itajaí, SC.  O consórcio é formado com a alemã Thyssenkrupp Marine Systems e pela Embraer Defesa e Segurança e pela Atech, uma outra subsidiária da Embraer.           

            Mas, o projeto mais esperado pelo público e pelo mercado mundial é o "carro voador", que está sendo desenvolvido pela Embraer, cuja carteira de encomendas está com milhares de unidades.  Creio que, ainda deverá durar mais de dois anos para homologação do seu uso pelas autoridades competentes, de cada país.              

           Para os que se interessam em investir nas ações da Embraer, segue acima os números apresentados pela Companhia.  A Embraer, um projeto do Governo militar e o projeto  levado adiante pelo Coronel aviador, Osires Silva, hoje, figura entre as três maiores companhias do setor, junto com a Boeing e a Airbus, nos fornecimentos de aeronaves de passageiros.  

           Ossami Sakamori       

          

terça-feira, 4 de junho de 2024

Quem paga conta é você, contribuinte!

 

Certamente, o Presidente Lula pensa que o dinheiro dá na árvore, como jabuticaba.  A demanda pelo dinheiro pelos "companheiros" é grande demais.  O Presidente quer dar uma mexida na "desoneração da folha", restringindo o uso de créditos apenas no âmbito do PIS/Cofins, assim noticia o conceituado jornal Folha de São Paulo. A perda de receita, segundo os técnicos do Ministério da Fazenda, será ao redor de R$ 25,8 bilhões, somente, neste ano.

          Com as medidas propostas, o Governo federal espera conseguir repor toda a perda com a desoneração neste ano.  No próximo ano, 2025, o impacto positivo será de R$ 50 bilhões, segundo a estimativa do Governo federal.  Para o Governo federal, é fácil aumentar a carga tributária, que no final da ponta, quem paga é o consumidor, direta ou indiretamente, na ponta do consumo.   

          O Governo federal é voraz em arrecadar impostos, mesmo que para isso tenha que usar o argumento da catástrofe ambiental que se abateu no estado de Rio Grande do Sul, sem precedente.  O aumento de receitas e gastos estarão "protegidos" pela Lei complementar específico, denominado entre nós, de Orçamento de Guerra.  Governar desta forma, com o Orçamento fiscal ilimitado, qualquer "esperto" é capaz de fazê-lo com maestria.   Eu falei "esperto" e não "expert".

           Seja como for, quem paga as benesses concedidas pelo Presidente Lula para com a população de baixa renda é Você, contribuinte brasileiro, pagador de impostos de toda natureza.  Incluído neste rol, os contribuintes de baixa renda, que paga os impostos embutidos nos produtos e serviços que consomem.

           Ossami Sakamori

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Para onde vai a Bolsa de Valores ?

 

Depois de uma semana de instabilidade no mercado financeiro global, as bolsas do extremo oriente e da Europa e os índices futuros da Bolsa de Nova York, estão apresentando números positivos, que na tela de TV, apresentam em cores verdes.  Particularmente, assisto o canal americano Bloomberg, uma empresa de tecnologia e agência de notícias de todo o mundo.   

            Os primeiros sinais positivos vem da China, Coreia do Sul e Tóquio, que há poucos dias firmaram memorando de intenções de dar prioridade ao comércio e serviços da região.  Apenas, lembrando que a China ocupa a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e o Japão, a quarta economia, ultrapassado que foi pela Alemanha, que passou a ocupar a terceira economia do mundo. 

              Ao mesmo tempo, o governo da Arábia Saudita, ofertou no mercado, US$ 25 bilhões de participação minoritária do braço financeiro, a Saudi Aramco, a companhia estatal de petróleo, com maior reserva mundial de petróleo ao lado da Venezuela.  Em termo de comparação, a Petrobras vale no mercado financeiro, cerca de US$ 100 bilhões.   Curiosamente, o Presidente Lula vai viajar à Arábia Saudita, numa visita oficial, na tentativa de recomprar a refinaria de Mataripe, que já pertenceu à Petrobras e vendido pelo Governo anterior.  

         No Brasil, são sete empresas que operam refinarias independentes, fora do sistema Petrobras. E, curiosamente, as refinarias brasileiras processam apenas o petróleo do tipo leve, o Brent, enquanto a Petrobras exporta a totalidade do petróleo extraído no "pré-sal", porque é do tipo pesado, o TWI.    A Petrobras se obriga a fazer o "passeio do petróleo", por falta de refinarias para processar o petróleo pesado extraído pela Companhia brasileira na camada "pré-sal".  

            No mais, o mercado financeiro global, amanheceu com "bom humor", sem ter uma motivação específica, a não ser as vindas do "cartel comercial" dos três países do extremo oriente.  Pelo resultado das bolsas de valores do mundo global, operando no "positivo", o "mercado financeiro" deve ter assimilado a nova configuração econômica e financeira do mundo.   É claro, que a essa altura, o mercado financeiro no Brasil deve operar em alta, não sabendo afirmar à essa altura, para que lado vai a cotação do dólar americano.   

             Ossami Sakamori

domingo, 2 de junho de 2024

Viva, povo gaúcho !

 


Começar a semana, neste domingo, dia 2 de junho, desejando um ótimo mês, há pouco mais de um mês, da pior tragédia climática dos últimos 8 décadas, que abateu no estado de Rio Grande do Sul, pode parecer uma afronta para com o gaúcho, no entanto, diante da situação que todos brasileiros, que já assistiu, via grande imprensa, as minhas colocações de hoje, será de "alento" e de "atenção" para com o povo gaúcho, pós tragédia.  

          Tenho certeza de que os gaúchos, que sempre mostraram "bravos lutadores", sairão desta tragédia, de "cabeça erguida", embora, sobre os escombros materiais e tragédias humanas, imensuráveis, o estado do Rio Grande do Sul vai dar "volta por cima", altivamente, diante da maior tragédia.  Após a solidariedades dos primeiros momentos, virá a fase de "desalento", assim como acontecem com todas tragédias que acontecem mundo a fora.  Os gaúchos, sofrerão o "day after" da tragédia.  

            O País, refiro-me ao Governo federal, que recolhe pesados tributos de norte a sul e de leste a oeste, de pequenos contribuintes ao grandes pagadores de impostos, que neste momento, sofrem junto as dores do povo gaúcho, é necessário, o Governo central, prestar "socorros", utilizando-se dos mecanismos de compensações do Governo federal, que abocanha a maior parcela de tributos e contribuições.

      Além de primeiros socorros, com distribuição de algumas "migalhas" de auxílios de toda natureza, o Governo federal, editou Lei complementar, a já conhecida Orçamento de Guerra, que já foi utilizada na crise da "pandemia da Covid-19".   Este mecanismo, prevê orçamento "extra LDO", "sem teto", podendo variar de R$ 25 bilhões a R$ 500 bilhões, na minha avaliação.  

           É claro, que o dinheiro não traz de volta as vidas perdidas e muito menos os lares desfeitos pelas circunstâncias, mas pode minorar o sofrimento dos que perderam, além dos entes queridos, patrimônio construído há décadas, passando de pai para filhos, num ritual e tradição não escrita.   

           Mais do que importante para o povo gaúcho e "extirpar" os políticos de ocasião que querem tirar proveitos da situação com "oferta" de "verbas" como "auxílio emergencial" e financiamentos oficiais, via Banco do Brasil e BNDES, a juro subsidiado, como se fosse "benesse" do atual Governo federal.   O dinheiro federal, não é do Presidente da República, de plantão.   O dinheiro é de todos nós, dos 203 milhões de brasileiros, que, de forma direta e indireta, tentam minorar o sofrimento do povo gaúcho, acometido que foi pela pior tragédia dos últimos tempos. 

             Viva, povo gaúcho!  

             Ossami Sakamori