terça-feira, 3 de setembro de 2024

Crise cambial ?

 

Nesta terça-feira, dia 3 do mês de setembro, as principais bolsas do mercado financeiro internacional estão operando em ligeira baixa.  O mercado de commodities, também, operam em baixa linear, independente do setor a que pertence.   O barril de petróleo, do tipo Brent, que é referência mundial, está operando abaixo de US$ 80 para cada barril.  As cotações, embora, em baixa, não chega a ser, ainda, a crise para o setor financeiro.   

            Dentro do contexto, a atual situação econômica do País, soma-se ao pernicioso problema de "déficit primário" nas contas do Governo federal, previsto para este ano, 2024, embora, o Ministério da Economia tenha anunciado "equilíbrio fiscal".   O Governo federal, está tentando aprovar a LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias para servir de base para o Orçamento fiscal do ano que vem, 2025, com "equilíbrio fiscal", segundo Ministério do Planejamento, porém os números parecem ser "fictícios".   

        E, para os próximos dias, o novo Presidente do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo, 42 anos, será sabatinado pela Comissão de Economia e Finanças do Senado Federal, em substituição ao atual presidente, o Campos Neto, 55 anos.   No meio desta situação de instabilidade financeira no mundo global, o Banco Central, desde ontem, está fazendo intervenção no câmbio, "vendendo" dólares para "segurar" a cotação nos atuais patamares.   Esta situação não pode ser permanente, servindo apenas para "apagar" o incêndio, no mercado de câmbio.

            No curto e médio prazo, podemos concluir que o mercado de commodities global estará em situação de "desaquecimento", merecendo atenção dos produtos de exportações, os setores agrícolas e de minério de ferro.   Soma-se ao problema de preço dos commodities, a seca que castiga as regiões centro-oeste, produtoras agrícolas, merecem ser levados em consideração.  

            O governo do Presidente Lula,  embora, crítico da administração passada, não apresentou até o momento, já aproximando da metade do período governamental, a sua "política econômica", nem tão pouco a "política fiscal" que equilibre as contas do Governo federal, excluído pagamento de juros da dívida pública.   O Presidente Lula, põe culpa da dificuldade na administração pública federal, à  "política monetária" do Banco Central,  sem fazer o dever de casa, que é o equilíbrio na "política fiscal", gastando mais do que se arrecada.   A atual administração pública federal é, nitidamente, perdulária.     

           A alerta já está sendo dada pelos investidores institucionais estrangeiras, que estão "repatriando" seus investimentos aos países de origem.   Isto é péssimo sinal para a economia interna do País, que deixarão de contar com os investimentos estrangeiros nos setores produtivos, que, em tese, criariam empregos e renda no Brasil.  

              Ossami Sakamori    

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