sexta-feira, 19 de julho de 2024

Me tira o tubo!

 

Mais uma vez, os vendedores de ilusões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra de Planejamento, Simone Tebbet, anunciam ao mercado financeiro, o "contingenciamento" de despesas do Governo federal em R$ 15,5 bilhões, na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023.   Se o "mercado financeiro", leia-se mercado de ações e mercado de câmbio, vão aceitar como atos de "responsabilidade fiscal" do Governo Lula, são outros quinhentos!
        O Governo Lula, trata os investidores institucionais, que "apostam" no "futuro promissor" do País, baseado nas riquezas minerais e nos desempenhos do setor agropecuário, como parte do seu joguinho de bibelôs.  O Governo Lula, através dos ministros da área econômica, apresentou, ontem, quinta-feira, 18, através dos ministros da área econômica, o "contingenciamento" de R$ 15,5 bilhões no Orçamento Fiscal de 2024.
            O valor de contingenciamento, em ralação ao Orçamento Fiscal de 2024, aprovado pelo Congresso Nacional, é "insignificante", diante do número aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, cuja receita e despesa ascende a R$ 5,5 trilhões, conforme PLN 29/2023.  Deste valor, uma boa parte dos gastos do Governo federal, continua sendo o refinanciamento da dívida pública, que vai consumir cerca de R$ 1,7 trilhão em 2024, sendo que este valor só tem "impacto contábil" no Orçamento federal, em função da "rolagem da dívida pública".  
            O principal fator, que o "mercado financeiro" fica atento é a capacidade de pagamento ou incapacidade de gerar o "superávit primário" que é o valor de dinheiro que pagaria, ao menos, parte do pagamento de juros da dívida pública, que deve encerrar o ano de 2024, entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões, baseado na taxa básica de juros Selic.  Vamos esclarecer, também, que a taxa básica de juros Selic, motivo de crítica do Presidente Lula, está baseado na aceitação ou não pelos investidores institucionais, que tem como opção os títulos do Tesouro americano, que oferece a taxa básica de juros ao entorno de 5% ao ano, em dólar ou US$.  
            O contingenciamento de despesas do Governo federal em R$ 15,5 bilhões, diante do conjunto de cenário exposto acima, serve apenas para mostrar a total incompetência da equipe econômica, comandada pela dupla de professores, que pouco entendem do planejamento econômico e financeiro do País.  Se os agentes financeiros, produtivos e especulativos, vão assimilar ou não, a medida anunciada pela dupla Haddad/Tebbet, sobre o contingenciamento, são "outros quinhentos".   Vamos ver, quem vai travestir de "otário" diante nesta medida anunciada.   Me tira o tubo! já dizia a personagem representado pelo Jô Soares, nos bons tempos da Rede Globo.  
             Ossami Sakamori

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