sábado, 22 de agosto de 2020

O "big bang" do Paulo Guedes é uma piada de mal gosto!


O dinheiro não é como jabuticaba que dá no pé.  Nada como um dia atrás do outro.  O ministro da Economia, Paulo Guedes, descobre que não tem dinheiro para "bancar" o que prometeu ao presidente da República, um programa para dar continuidade ao Orçamento de Guerra, este último, um pacote de estímulo que ai do "auxílio emergencial" aos subsídios de diversas formas para as grandes e pequenas empresas.  Paulo Guedes não terá o "cheque em branco" de R$ 1 trilhão para gastar no ano que vem.

A equipe do Ministério da Economia prepara um "pacote econômico" que vai combinar medidas de "cortes de despesas", obras públicas, estímulo ao emprego e atração de investimentos privados e privatizações.  O pacote denominado pela equipe do Ministério da Economia como "big bang", em referência à teoria de criação do Universo, nada mais do que um ajuste no LDO de 2021, que vai seguir a Emenda Constitucional do teto dos gastos. Tudo dentro do quadradinho. O conjunto de medidas, não mais contemplará a reforma tributária radical anunciada como sendo solução para todos problemas orçamentárias.   

Como eu disse no preâmbulo desta matéria, o dinheiro não é como jabuticaba que dá no pé.  O total dos gastos de 2021 deverá obedecer o teto dos gastos públicos ou seja o dos Orçamento Fiscal de 2016, corrigido pela inflação do período.  Paulo Guedes, como ministro da Economia, sabia que os gastos públicos de 2021 deveriam e serão obedecidos o teto autorizado pela Emenda do teto dos gastos públicos.  E, agora, corre atrás para ver o que pode fazer para tentar minimizar o "gafe".  

Descobriu-se, por exemplo, que o programa Renda Brasil não poderá ser tão extenso como pretendia o ministro.  A ideia inicial era de que a Renda Brasil atendesse contingente de trabalhadores informais, cerca de 65 milhões de pessoas, que hoje recebem o "auxílio emergencial".  Não, não será mais.  O novo desenho do programa Renda Brasil vai atender tão somente os atuais beneficiários do Bolsa Família, cerca de 13 milhões de chefes de família e substituir os atuais programas ineficientes como abono salarial e seguro-defeso.  O novo programa, Renda Brasil, vai atender cerca de 22 milhões de pessoas ao invés de 65 milhões do programa "auxílio emergência".  Alguém vai ficar sem o Renda Brasil...

A ideia, agora, com o dinheiro não dá no pé, é continuar insistindo nos programas de privatizações, que continuam emperradas por questões jurídicas e políticas.  Os novos aliados, do "centrão", tem as suas bases políticas nas empresas públicas como Correios, Banco do Brasil e Eletrobras, o que dificulta a concretização do programa de privatizações prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.  Mesmo que esse dinheiro entrasse, não seria possível gastar em investimentos públicos, pois há limitação do teto dos gastos públicos.

Como o dinheiro não dá no pé, os programas prometidos pelo ministro Paulo Guedes ao presidente da República estarão cada vez mais pífios.  A economia em 2021 deverá recuperar o espaço perdido em 2020, mas estará longe de ser um "big bang" como promete a equipe econômica do Paulo Guedes.  Isto, pode desagradar o presidente da República que está em plena campanha eleitoral com vistas às eleições de 2022.

O "big bang" do Paulo Guedes é uma piada de mal gosto!

Ossami Sakamori



Um comentário:

Anônimo disse...

Jaboticaba é muito melhor que os parasitas públicos e o Estado inútil que travaram tudo roubando e desviando! A única saída é condenar e mandar enforcar todos os parasitas!