Sem intensão de ser o "dono da verdade" e nem tão pouco, querer ser o "expert" no assunto sobre a Amazônia, escreverei sobre o bioma, talvez, a mais importante do planeta, sobretudo quando o hemisfério norte, se encontra num verão, a mais severa dos últimos 200 anos, ao menos.
Como pode ver no mapa do topo, o bioma Amazônia ocupa espaço geográfico significativo da América do Sul, englobando os nossos vizinhos, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana francesa. O bioma Amazônia, acrescido dos biomas pantanal e cerrado, representam cerca de 2/3 do território brasileiro e englobam, no mínimo, 40% da população brasileira de 203 milhões de pessoas.
Tratar bioma Amazônia apenas como "pulmão do mundo" e assim como é tratado, sobretudo, pelos Governos brasileiros, de antes e de hoje, de matizes ideológicos diversos, é de total "ingenuidade" e de "miopia congênita". A Amazônia é colocado no "holofote" do mundo, pelo próprio brasileiro, para ser colocado como um dos pratos de negociações comerciais com o primeiro mundo.
Por outro lado, a Amazônia não é somente floresta "em pé", como são vistos pelo mundo e pelos brasileiros. A Amazônia, pantanal e cerrado, são biomas que abrigam cerca de 1/3 dos nossos irmãos, que sobrevivem nesse imensidão de território, "bancando" a imagem do "pulmão do mundo" e sendo considerados, o povo, como meros objetos de "negociações políticas" com o primeiro mundo. Os amazônidas que se lixem!
O Brasil "vende" a Amazônia ao mundo, ao preço de "banana", literalmente. Os governantes dos países do primeiro mundo, sobretudo dos Estados Unidos e da União Europeia, nas suas passagens pelo Palácio do Planalto, deixam algumas "migalhas", poucas centenas de milhões de dólares, para o Brasil "bancar" o "pulmão do mundo" e colocam séries de exigências num verdadeiro confronto à nossa soberania. O culpado não são eles, os governos estrangeiros. O culpado dessa situação, somos nós mesmos, que de "pires" na mão, corre o mundo, cobrando verdadeiras migalhas, diante da necessidade imensurável, igual cachorro magro atrás de ossos carcomidos.
Enquanto discutimos sobre o nosso bioma Amazônia no terreno internacional, o Governo federal expõe a divergência explícita entre o Ministério do Meio Ambiente e a Petrobras sobre a exploração do petróleo da costa meridional do País, um ativo importante para geração de energia no País.
Enquanto discutimos o óbvio, sobre a preservação da Amazônia, o Presidente Lula demonstra interesse em negociar contribuições importantes para preservação do bioma Amazônia. Desta forma, a culpa de querer tornar a Amazônia ao serviço do primeiro mundo, não são deles, os países do primeiro mundo, mas, de nós mesmos, que damos importância secundária ao trato com as nossas biodiversidades a Amazônia, o cerrado e o pantanal.
Afirmo e reafirmo, com convicção, de que a "Amazônia é nossa", não só no mapa do globo terrestre, mas sobretudo pela população que nela vive ou deveria viver, dentro do "novo conceito" de preservação do meio ambiente floresta, o Enviorement, Social, Governance, o ESG.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Depois que os Países Desenvolvidos já usufruíram de TODOS os seu recursos naturais , terem como objetivo que o BRASIL preserve os seus para benefício de todos é no mínimo incompreensível aceitar as “migalhas” oferecidas.
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