A agência de classificação de risco Mood's reduziu a perspectiva do rating soberano brasileiro de "positiva" para "estável", na noite de quarta-feira, citando sobretudo a deterioração da relação dívida/PI, o fraco desempenho nos investimentos e pífio crescimento econômico.
A mesma agência que vem avaliando o desempenho de países e principais empresas da América Latina há longos anos, rebaixou a classificação da Petrobrás de A3 para Baa1, devido a piora na relação dívida/faturamento, perspectiva de não cumprir metas de investimentos e geração de caixa declinante para os próximos anos.
Concordo com o que disse um dos economistas mais conectados com o dia a dia das empresas, José
Roberto Mendonça de Barros faz um alerta: o Brasil voltou a ser um país
"frágil" por causa do expressivo deficit em conta-corrente. "É isso que
pressiona o real e evidencia a nossa fragilidade externa." Fonte: Folha.
Estou de acordo com o economista Mendonça de Barros, o Brasil está numa situação econômica "frágil", causado sobretudo pelos erros na condução da política econômica pela equipe da presidente Dilma. Desde 15 de fevereiro de 2012, data da inauguração deste blog, venho alertando o governo e o mercado financeiro brasileiro sobre o erro sistêmico da atual política econômica (sic), se é que ela existe de fato.
Dois pontos cruciais de fundo que fazem o Brasil merecer o rebaixamento da classificação de riscos. O controle da inflação, ancorado no real apreciado ou dólar depreciado tornou um País monstrengo, com aparente euforia de crescimento do mercado interno, mas ao mesmo tempo que leva o país ao abismo. O que prenuncia acontecer, se não mudar a atual política econômica.
Quanto ao dólar depreciado ou desvalorizado, a equipe da Dilma insiste em manter no "status quo", fazendo mega intervenção no mercado de câmbio, vendendo títulos swap cambial tradicional no montante anunciado pelo Banco Central de US$ 100 bilhões. É uma gambiarra inventada pela equipe econômica para intervir na cotação do dólar, sem queimar a Reserva Cambial, hoje em cerca de US$ 365 bilhões. Se o Banco Central está intervindo fortemente para segurar o dólar no atual patamar é porque a cotação da moeda americana está defasada. Isto é um fato.
Outro ponto que faz parte do erro da política econômica da Dilma é manter os preços administrados comprimidos ou engessados, sobretudo o preço dos combustíveis e de tarifa de energia elétrica. Deste erro origina o comprometimento da capacidade de investimentos das empresas com o controle do Estado como a Petrobras e o sistema Eletrobras. Ambas Companhias ajudam na política econômica para conter a inflação mas ao mesmo tempo reduz drasticamente a capacidade de investimentos.
Os dois pontos críticos já mencionados podem dar "refresco" nos índices de inflação e de crescimento, mas a médio e longo prazo, causam mais estragos que benefícios. Nem precisaria uma agência de riscos como Mood's para alertar sobre a política econômica equivocada do governo Dilma, basta um analista com conhecimento mediano sobre a matéria para denunciar os fatos. Este blog vem fazendo isto há 1 ano e meio.
É bom também os leigos em assunto da economia entender que o cenário futuro previsto por este blog ou por este analista de "horas vagas", de que no campo de macro economia ou de política econômica do governo, tendem a produzir resultados não no dia seguinte ao anúncio de cada medida, nem nos próximos 30 dias. As medidas econômicas tomadas ou algum evento externo ao governo são sentidos ao longo dos 6 meses seguintes, em média. Esta medida, por exemplo, do rebaixamento de classificação, serão sentidos nos próximos 6 meses. Entenderam?
Portanto, é errôneo dizer que o rebaixamento da classificação da agência Mood's trará impacto para amanhã ou nos próximos 30 dias. Com certeza, o anúncio trará impactos negativos e suas consequências serão sentidas nos próximos 6 meses. Previnam-se, portanto! Apertem os cintos!
Ossami Sakamori
O governo do PT está conseguindo transformar a Petrobrás em uma empresa deficitária - mesmo assim, os brasileiros, viciados numa boquinha pública, ainda sonham em ter um emprego nesta empresa... A Petrobrás é um empresa grande, rica, mas não vai resistir ao desmonte patrocinado pelos últimos governos que passaram por aqui - FHC, Lula e agora a Dilma.
ResponderExcluirQuanto ao cinto, eu já apertei o meu cinto, de segurança, desde os tempos de FHC e Lula... Agora, quem ainda acredita neste governo da Dilma, não merece cinto, merece, isso sim, uma camisa de força. Bom dia.
Bom dia MESTRE . Após ler o seu artigo , entendi o recado : economia brasileira caminhando para a UTI........POR VÍCIOS , ERROS , TEIMOSIA E MENTIRAS ....Consequências???? Próximos 6 meses.Mas, já há sintomas reais ,no dia a dia ....Prevenção ? Só com os médicos cubanos ,pois o brasileiro é rebelde quanto a qualquer tipo de prevenção .Apertemos mais os cintos !!!!!!!
ResponderExcluirNão tem como corrigir ingerências ou más gestões mas é importante termos conhecimento dos fatos...
ResponderExcluirFato: 50 bi de dolares já foram para o espaço, com o compromisso do cambio futuro. Não venderam de imediato, mas prometeram e comprometeram.
ResponderExcluirSe a dose for repetida, dos 365 bi das reservas, teremos 265 bi, e isso comprova toda a fragilidade.
Levando-se a cabo a pseudo política econômica, associada a uma irresponsável maquiagem para fotografar bonito aqui dentro, não se importando com os resultados externos, o final dessa estrada é a aniquilação das reservas internacionais, com toda pompa e circunstância.
Custo a crer que esse governo esteja interessado em reeleição, pois a bomba vai estourar no colo dos próximos governantes desse imenso circo chamado Brasil !