Na minha opinião, o Banco Central deveria ter adotado política mais agressiva em relação ao combate à inflação, já na última reunião do COPOM que estabeleceu taxa Selic em 9,25%. Seja como for, o que foi, não volta mais. A taxa Selic de 10,75% assustou o mercado financeiro e investidores institucionais, nesta última reunião do COPOM. Com este movimento do Banco Central, o aumento da taxa básica de juros Selic, faz com que os setores produtivos fiquem em compasso de espera aguardando as novas medidas do Banco Central. Desta forma, considero o primeiro quadrimestre como de freio de arrumação da economia. Crescer com inflação alta é pedir para explodir a economia do País. Brasil já viveu muitas aventuras deste tipo nos governos passados.
Ao contrário do que comentam o mercado financeiro, o Banco Central deverá, gradativamente, baixar a taxa Selic, os juros dos títulos do Tesouro Nacional, aos níveis da inflação da época, a partir do segundo semestre deste ano. Seguramente, a taxa Selic estará cotado próximo da inflação da época. No final do ano, em dezembro, a inflação deverá baixar para algo como 7% ao ano. Em consequência, a taxa Selic nos mesmos níveis da inflação, ligeiramente acima. A minha previsão para economia em 2022, ano de eleições em níveis nacionais e estaduais, o governo federal, para própria sobrevivência, vai estar com os pés no acelerador", apesar das medidas restritivas do Banco Central.
Considerando que o ano de 2022, é ano de eleições, tradicionalmente, será um ano de "gastança" e o País deverá crescer ao nível de 5%, por consequência. O governo federal, exclui o Banco Central, vai trabalhar para produzir o crescimento desejado, sob pena de não garantir a reeleição do Presidente Jair Bolsonaro. Sob ponto de vista da macroeconomia, o Brasil precisa retomar crescimento econômico para sair do marasmo que arrasta desde 2014/2016, a pior crise econômica dos últimos 100 anos.
A novidade é que, o comando da economia do País, não mais será do Paulo Guedes, ministro da Economia, mas estará nas mãos do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, PP/PI e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, PP/AL. A economia terá viés político ao invés de viés técnico. Seja como for, Brasil sairá da crise econômica em 2022.
Ossami Sakamori
Ossami,você tem razão quanto ao timimg no freio de arrumação, poderia ter vindo antes, mas tarde do que nunca, como vc disse. Imprudente dissociar a política da economia, medidas de cunho técnico devem equacionadas com o momento político, mais sensível ainda com a instabilidade das instituições e poderes brasileiros no momento. P.Guedes tem o respeito e a consideração no e do Governo. O que acontecerá em 2022 será acionado para equacionar as inumeras demandas políticas com a responsabilidade econômica.
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