Crédito de imagem: Estadão
Na matéria anterior, tratei sobre a vitória do Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral referente ao processo de cassação da chapa Dilma/ Temer como vitória do Pirro. A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, na Batalha de Heracleia, em 280 a.C. de seu exército ter sofrido perdas irreparáveis ao impor derrota aos romanos. Foi exatamente o que aconteceu com o presidente Michel Temer ao impor derrota ao PSDB e aliados nas eleições de 2014, em que ele figurou como vice na chapa vencedora, a da Dilma Rousseff do PT.
Para quem assistiu o julgamento do processo, em tempo real, pela TV Justiça, viu com os próprios olhos, o total desconforto dos que votaram contra cassação da chapa, apesar de robustas argumentações do ministro relator. O próprio ministro presidente do TSE afirmara que estaria dando voto à favor da absolvição com forte componente político. Ele, o ministro Gilmar Mendes, afirmou que o julgamento de um presidente da República teria que ser diferente do julgamento de qualquer governador ou prefeito municipal. O fato é que o julgamento expôs a "inutilidade" do TSE para resolver questões eleitorais. Imagine este mesmo TSE supervisionando a lisura das eleições futuras!
Deixando de lado a questão da vitória do Temer no TSE, o presidente encontra-se numa situação de "saia justa", resultado dos episódios decorrentes ao "grampo" feito pelo empresário estelionatário Jeosley Batista, nos porões do Palácio Jaburu. O episódio em si, aparentemente, parecia não ter nenhum desdobramento político, mas parece ser apenas o início de uma série de revelações sobre os comportamentos nada republicanos do presidente Michel Temer, incluindo nos ilícitos a suspeita do recebimento de "propinas" e da existência de contas não declaradas no exterior.
O empresariado brasileiro do setor produtivo estava começando a se animar com a situação econômica do País resultado do crescimento do PIB positivo no primeiro trimestre deste ano. O próprio presidente Temer e seu ministro da Fazenda anunciava que a tendência da economia do País tinha revertido para o crescimento econômico. Com que de rotina, eu afirmei que a trajetória da economia poder-se-ia definir com indicadores positivos apenas após confirmação em dois trimestres consecutivos, contrariando os melhores analistas econômicos do País.
Infelizmente, com a precária situação política do presidente Temer, as reformas estruturantes propostas por ele, que estava a animar o empresariado produtivo, estão sendo jogados para o segundo semestre. Estou a falar das reforma da previdência e reforma tributária. As reformas estruturantes estavam sendo conseguidos à custa de imposição de um severo quadro da economia que vai de 14 milhões de desempregados a 60 milhões de inadimplentes no sistema de crédito. Os números em si, são maiores do que a maioria dos países do mundo.
Com remota possibilidade de afastamento Michel Temer, apesar deste com sérios problemas na área criminal e na sua postura ética nada recomendável e por total falta de estímulo ao ânimo do setor empresarial para que os últimos deem o reinício aos investimentos produtivos, o Brasil entra, novamente, na posição de "esperar pelo futuro". O Brasil tornou-se o "eterno" país do futuro. O povo já cansou de esperar!
Para reverter a esta situação de letargia, só tem uma maneira, o povo deve sair às ruas e exigir providências para que o País volte a exibir crescimento sustentável. O Brasil tem tantos ingredientes positivos que "qualquer" presidente da República com capacidade mediana, com probidade, coloca o país na rota do desenvolvimento sustentável. Nada de procurar o "salvador da pátria"!
Juntos, somos a força da mudança!
Ossami Sakamori
Certamente...
ResponderExcluirMas como que o Senhor quer que o povo saia às ruas se este mesmo povo que vai às ruas está "tomando no c..." com as reformas trabalhista e da previdência, que agradam tanto ao seu "empresariado produtivo", ou, "exploradores do trabalho alheio"?
ResponderExcluirAlguma coisa errada não está certa nesse seu texto!
Falou tudo!
ExcluirO povo brasileiro vai continuar eternamente deitado em berço esplendido...
ResponderExcluirNão temos (acho que nunca tivemos) políticos sérios e comprometidos com o país. O que se vê são pessoas preocupadas somente com o poder e o povo que se lasque. Nós temos a corrupção como DNA e quem puder ir embora à procura de país sério tem que procurar sair da américa latrina (termo proposital).