O primeiro mês do segundo mandato da Dilma está marcado com desempenho negativo no quadro econômico. Os números já eram esperados, mas vamos comentar alguns deles.
O saque do depósito em caderneta de poupança foi maior que o depósito em R$ 5 bilhões. O saldo da caderneta de poupança terminou o mês em R$ 660 bilhões. Os analistas apontam como o fator principal a concorrência de rendimentos nas outras modalidades de aplicações, no que discordo. O saque deve-se, na minha opinião, sobretudo para suprimento da renda, uma vez que a inflação vem comendo o salário do trabalhador.
O índice de inflação de janeiro, segundo Banco Central, vai fechar em 1,24% em janeiro. O número é segundo maior desde janeiro de 2003, no auge da inflação de dois dígito na virada da administração tucana para a administração petista. O Banco Central estabeleceu como meta para o ano de 2015, como sendo 4,5%. O número apresentado no mês de janeiro corresponde a 25% do centro da meta e cerca de 20% do teto da meta. Lembrando que ainda temos 11 longos meses para terminar o ano de 2015.
A reserva cambial brasileira fechou o mês nos níveis de US$ 373 bilhões, cerca de U$ 2 bilhões abaixo da média dos últimos 12 meses. A perda da reserva cambial é o resultado da percepção do mercado financeiro global que vem financiamento a dívida interna brasileira, de um quadro negativo, apesar da oferta de juros reais mais atrativas dentre 40 maiores economias do mundo. É um sinal de alerta para o Banco Central.
A conjuntura para o mês de fevereiro será bem próxima daquela do mês de janeiro. O reflexo de aumento dos combustíveis e de tarifas de energia continuará refletindo no índice inflacionário do próximo mês. O saque da caderneta da poupança continuará como no mês passado. O fluxo de capital do exterior não seguirá a mesma tendência do mês encerrado no dia 31.
Estes números já apontam para o quadro da economia em 2015 como depressão nos níveis de 2%, como indicado por este blog no início de janeiro.
Ossami Sakamori

Pelo andar da carruagem já podemos antever como serão os próximos meses.
ResponderExcluirConcordo com você que os saques nas contas de poupança continuarão pois ninguém em sã consciência , quererá manter essa aplicação intocável e passar por necessidades financeiras.
Corretíssimo, Sr Sakamori. Eu mesmo saquei um pouco da caderneta de poupança para pagar IPTU à vista(veio com reajuste em mais de 50%). Se ouvirmos as conversas em fila de bancos, em lojas e restaurantes, veremos que a reclamação é geral. O povão está descontente.
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