sábado, 24 de junho de 2017

Michel Temer: o povo que se lasque!

Crédito da imagem: Folha

A grande imprensa destaca a baixa popularidade do presidente Temer. Segundo a Folha o índice de popularidade do Michel Temer está em 7%, entre ótimo e bom, o menor nível, suplantado apenas pelo índice de popularidade do José Sarney, no final do seu mandato. Outros veículos de comunicações fazem referência, cada vez menor, a figura do Michel Temer no assento da presidência da República. Temer é um presidente anão. 

Michel Temer foi sempre uma figura "apagada" no cenário nacional se não fosse pelo cargo de vice-presidente da República, conquistado com prestígio e popularidade do ex-presidente Lula da Silva. Michel Temer, imagino, foi escolhido pelo Lula da Silva exatamente pela personalidade "apagada", para não fazer frente aos projetos do Partido dos Trabalhadores. Temer não foi preparado para assumir o cargo de presidente da República, mas de vice, um cargo figurativo. 

Michel Temer tentou formar governo de "coalizão" para assumir o cargo de presidência da República na vacância do cargo da titular Dilma Rousseff em razão do impeachment. Apesar de Partido dos Trabalhadores e seus aliados ideológicos, pós impeachment, ter se tornado uma minoria, formado pelos "gatos pingados" dos partidos da esquerda, o presidente Temer não consegue formar governo de "maioria absoluta". 

Michel Temer, sem a "maioria absoluta", 308 deputados e 54 senadores, não consegue aprovar reformas estruturantes que requerem Emendas Constitucionais.  As Emendas Constitucionais do "teto dos gastos" foram aprovadas, ainda no meio da euforia do impeachment da Dilma. A reforma trabalhista só foi aprovada pela Câmara dos Deputados porque é matéria infra-constitucional que exige apenas "maioria simples". Ainda assim, a reforma trabalhista patina nas Comissões do Senado Federal. 

Com a popularidade do presidente Temer em baixa, 7%, entre ótimo e bom, os parlamentares, mesmo da "base de apoio" não querem "tirar foto" ao lado do presidente que se definham a cada dia, na véspera de suas próprias reeleições. Faltam apenas 1 ano e 3 meses para as eleições gerais do ano que vem. Os parlamentares, senadores e deputados, estão interessados nas suas próprias sobrevivências do que na sobrevivência do Michel Temer. Nenhum deles quer aparecer ao lado da figura que se "definham" a cada dia. 

O próprio ministro da Fazenda Henrique Meirelles, fiador do programa econômica do governo Temer, já deixou claro que não continua no governo se as reformas estruturantes forem jogados para o segundo plano. Henrique Meirelles não quer associar o seu nome ao do governo fracassado do Temer. Meirelles tem projeto político como parlamentar ou como chefia do poder executivo. Na pior das hipóteses, tem emprego garantido em qualquer instituição financeira. 

E onde fica o povo?  Pois, o povo que se lasquem! No momento, o Michel Temer está "muito ocupado" em defender o cargo de presidência da República. A preocupação do presidente Temer do plano político passou a ser do plano criminal.  Pior, o presidente Temer coloca toda estrutura do Poder Executivo para defender seus interesses privados. O povo? O povo que espere!

Michel Temer: o povo que se lasque!

Ossami Sakamori


5 comentários:

Anônimo disse...

Essas "reformas" só são "estruturantes" para o mercado financeiro alavancar cada vez mais lucros, Sr. Sakamori. Para a população, ou melhor, para o trabalhador essas reformas são "massacrantes", pois vão precarizar a relação empregador/empregado. O Brasil vai ter apenas empregos tipo "bóia fria". Quando a empresa precisar ela te chama, acabando o serviço ela te manda embora. Imagine o nível salarial que será pago Sr. Sakamori?

Anônimo disse...

É a venezuelização do Brasil, sendo institucionalizada.
O futuro é sombrio...

Anônimo disse...

Fala da Marcela para aliviar um pouco a do cara...

Anônimo disse...

Vixe .

Anônimo disse...

Enquanto não deixarmos de ser esse "quintal americano" subordinados ao mercado financeiro de Wall Street não vamos sair nunca desse atoleiro. Com esses "governos mequetrefes" que só pensam em desfazer-se das riquezas nacionais estamos fadados a uma desgraça permanente. Hoje com o advento da internet verifica-se que outras economias, mesmo de países africanos que não são subordinados ao americamismo vão de "vento em popa", enquanto o Brasil patina e regride nessa desgraça política se fim.