quinta-feira, 18 de setembro de 2014

BNDES: Bolsa empresário de R$ 450 bilhões!

Para onde foram o "bolsa empresário"

Estadão de hoje noticia que o subsídio do programa PSI causará um rombo de R$ 79,7 bilhões no período de 2012 a 2015. Nada de novidade nestes números. Este blog já manifestou preocupação sobre o programa PIS, por várias vezes aqui, denominando o programa do BNDES de "bolsa empresário".

Precisa a notícia sair da boca da jornalista Miriam Leitão para ganhar comentário de empresários e analistas políticos e econômicos. Mas este assunto está latente e é uma das fontes de enriquecimento do ex-presidente Lula e do seu filho Lulinha. 

Crédito da imagem: Veja

Vou explicar em linhas gerais, o que significa o PSI - Programa de Sustentação de Investimentos. O propósito do programa foi tentar salvar a situação do País, diante da crise financeira internacional de 2008. Foi um programa de emergência que, de certa forma, tirou o País do atoleiro que estava metido, até com crescimento do PIB negativo naquele ano. Até aqui, tudo bem!

O programa foi instituído em 2009, com aprovação do Senado Federal, em doses parceladas, que somado representa hoje cerca de R$ 450 bilhões. O Tesouro emitiu títulos da dívidas para fazer o "empréstimo" para o BNDES. A referida injeção de recursos no BNDES não entrou como aumento de capital, mas sim como "empréstimo" do Tesouro Nacional. No Tesouro consta como títulos a receber e no BNDES consta como títulos a pagar. Esse título não está lançada como Dívida interna líquida!

É fácil calcular o subsídio do Tesouro. O Tesouro emitiu títulos, em média, pagando 12% de Selic na captação para repassar ao BNDES. O BNDES empresta aos empresários, sobretudos para os pequenos, que corresponde a 34% dos recursos para os micros, pequenas e médias empresas que representam 270 mil tomadores, com juros TJLP de 5% ao ano. Se tomarmos como referência os juros cobrados em cima do TJLP, ficaria um rombo de aproximadamente 7% que corresponde grosso modo a R$ 31,5 bilhões ao ano. 

A grande jogada do governo corrupto do Lula e Dilma, não está no atendimento aos micros, pequenas e médias empresas, que representam apenas 34% dos recursos. A grande jogada está nos empréstimos "bolsa empresários" que o BNDES empresta a uma taxa de 3,5% ao ano. Neste caso a diferença entre o juro que o Tesouro pagou na captação e o que se cobra dos empresários é de 8,5% ao ano. 

O que venho denunciando é justamente sobre estes empréstimos subsidiados pelo governo federal através do BNDES. Desses empréstimos, os R$ 450 bilhões, cerca de R$ 300 bilhões foram destinados aos empresários privilegiados do Pais, que recebem por ano subsídios diretos de cerca de R$ 22,5 bilhões, considerado na conta a taxa Selic de 11%.  Curiosamente, o valor de subsídio gastos no "bolsa empresário" é exatamente igual ao programa "bolsa miséria" do governo federal. Dilma pratica o "Robin Wood" inverso. Tira do contribuinte assalariado para dar para meia dúzia de homens ricos do Brasil.

O grupo que detém maior volume de empréstimos subsidiados, individualmente, do governo federal é o grupo de empresas JBS/Friboi com volume acima de R$ 40 bilhões, via bancos oficiais. Estes números estão no balanço do grupo JBS/Friboi. Ainda recentemente, uma das empresas do grupo JBS/Fiboi foi aquinhoado com empréstimo FI-FGTS no valor de R$ 2 bilhões, também, a juros subsidiados. 

O grupo pertence aos Batistas de Goiás. O executivo da área financeira do grupo JBS/Friboi é nada menos que o Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central do governo Lula. O grupo atua na área de frigorífico, infraestrutura e celulose. O Henrique Meirelles é contado certo para presidente do Banco Central no governo Marina Silva. Coincidência ou não o Henrique Meirelles é um acionista importante do grupo financeiro Itaú, a da Neca Setúbal. 


Outro empréstimo feito pelo BNDES deste dinheiro do PIS foi para o grupo OGX, no montante de R$ 10,6 bilhões, dito pelo próprio BNDES. A empresa OGX faliu. Aliás, este blog, previu que o grupo iria falir, com 3 meses de antecedência. Do que foi feito os R$ 10,6 bilhões, ninguém explicou até agora. Lembando que o estelionatário Eike Batista era recebido pela Dilma no Palácio do Planalto, sem marcar audiência, tamanha a influência do Eike Batista no Palácio do Planalto.

Com a Dilma ou com a Marina, os poderosos grupos econômicos e financeiros, continuarão mamando na teta do governo que se instalou no Brasil, há 12 anos! Ingênio pensar que as candidatas citadas, cujo mestre é o maior bandido, arrombador de cofres públicos, o ex-presidente Lula da Silva, administração o País com a "nova política". 

Ossami Sakamori


3 comentários:

Anônimo disse...

È insultuoso ler que tanto dinheiro foi, está sendo e será desperdicado a fundo perdido sem que haja apuramento criminal de responsabilidades!

Goverrnos sem vergonha. PQP.

Anônimo disse...

Mas como ninguem faz nada diante de tudo isso? Oab, militares, pessoas influentes (artistas p. ex,) ou esse pessoal que se presta a somente a matar gente inocente nos assaltos?

Anônimo disse...

Os militares, artistas e outros que tais, são merda! Só pensam neles. Onde se viu um general que custou tanto a ter 4, 3, 2 ou uma estrela,meter-se em aventuras nem que seja para salvar a pátria que juraram defender?

Nem pensar! E depois de aposentados, como vão arranjar uma "boquinha"?

Tirai o cavalinho da chuva! Eles não valem porra alguma!