quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Petrogate. Dilma deve explicações!

Se o Brasil fosse país sério, o assunto denunciado pela revista Época, sobre doação à campanha da presidente Dilma em 2010, com suspeição de superfaturamento, seria motivo suficiente para criação de uma CPI, específico sobre o assunto denunciado.  Veja trecho da reportagem do jornal Estadão e na sequência meus comentários.

Um contrato da Petrobrás com a empreiteira Odebrecht, apontado por um lobista como fonte de doações para campanhas de 2010, teve seu valor reduzido em cerca de 41% após uma auditoria interna da estatal. Fonte: Estadão.

O contrato assinado em outubro de 2010 previa a prestação de serviços de segurança e meio ambiente para a Petrobrás em dez países. Segundo a revista Época, o ex-funcionário da Petrobrás João Augusto Henriques vinculou o contrato ao pagamento de comissões ao PMDB e a uma doação da Odebrecht de US$ 8 milhões à campanha da presidente Dilma Rousseff. O contrato, ainda conforme o lobista, teria sido feito como compensação ao PMDB para enterrar a criação de uma CPI da Petrobrás no Senado. Fonte: Estadão.

Comentário.

Os indícios de que houve tentativa de superfaturamento estão mais do que evidente.  O contrato de prestação de serviços da Odebrecht que era de US$ 849 milhões, após auditoria foi revisto para US$ 481 milhões.  Dá-se a impressão de que o acordo foi rompido e houve a punição à Odebrecht com redução do valor do contrato em cerca de 41%.  Por enquanto são indícios.

Posteriormente à denúncia, o ex-funcionário João Augusto Henriques voltara atrás na denúncia numa clara evidência de que houve coerção para ele, Henriques, se calar.  Tudo isto, ainda no terreno das possibilidades.  Há que apurar com extremo rigor, as denúncias apresentadas, até porque houve uma redução significativa no valor do contrato aludido.

Este escândalo estampada num dos principais revistas de circulação nacional, da poderosa família Marinho da Rede Globo, em qualquer país desenvolvido motivaria investigação pelo Parlamento e pelas autoridades judiciárias.  Imagine que o presidente Alemão, foi afastado do cargo pela suspeição de ter recebido US$ 1 milhão em doações irregulares para campanha.  

Que o Brasil mostre a sua maturidade e demonstre ao mundo que o País é sério.  Se os principais envolvidos na denúncia não tem envolvimento, não teria que se preocupar com as eventuais investigações.  Por que temem as investigações?  Será que tem veracidade a denúncia formulada pelo ex-funcionário da Petrobras?  

Presidente Dilma, quem não deve não teme!  Mande o MPF_PGR denunciar os fatos. Coloque a PF de jurisdição da pasta do ministério de Justiça à disposição para apurar com o rigor os fatos que motivaram a denúncia.  Só assim, presidente Dilma, poderá mostrar ao País que sua campanha à presidência da República foi feito em completa lisura.

A decisão está em suas mãos, presidente Dilma!

Ossami Sakamori

Um comentário:

Anônimo disse...

Sakamori san,
A Dilma deve, mas infelizmente não teme, pois sabe q não será punida.
Em Sp manifestação contra Alckmin, cartel de trem metrô, mas nada contra governo federal que utilizaram as mesmas empresas...
E então, como ficamos?